Barreiras: Servidores temem aprovação de ‘minirreforma’ que retira direitos trabalhistas
Por Francis Juliano
Servidores da prefeitura de Barreiras, no extremo oeste, estão apreensivos pela possível aprovação no recesso parlamentar, que começa nesta segunda-feira (17), de projetos da prefeitura que ameaçam conquistas dos trabalhadores. Os funcionários acusam que a “minirreforma” da prefeitura – como os projetos são chamados – impacta no plano de carreira de mais de três mil servidores, quase mil só na educação. Segundo a presidente do sindicato dos servidores do magistério [Sinprofe], Arisângela Farias, cerca de 20 artigos da reforma impõem mudanças nos salários. Ela cita a redução de 50% na gratificação por formação [quando o professor agrega qualificações ao currículo], eliminação da gratificação por regência e fim do avanço automático de nível de carreira. “O magistério foi o setor mais atingido. Se forem aprovados, só vai restar ao professor o piso nacional”, afirma Farias. Os sindicatos que representam os servidores [Sinprofe, da educação, e Sindsemb, das outras categorias] reclamam de falta de diálogo do prefeito Zito Barbosa (DEM). “Os projetos enviados à Câmara foram feitos sem nenhuma participação dos servidores nem dos representantes deles. Foram feitos sem nenhum diálogo”, diz a assessora jurídica do Sindsemb, Michele Sell, ao Bahia Notícias. Ainda segundo Arisângela Farias, o temor da aprovação aumentou após o próprio presidente da Câmara, Gilson Rodrigues, correligionário e aliado de Zito Barbosa (DEM), admitir que os projetos podem ser votados com “urgência, urgentíssima” no recesso parlamentar, que começa nesta segunda e vai até o dia 2 de agosto.