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Marca Bahia Notícias

Notícia

Mulheres Heroínas do 2 de Julho

Mulheres Heroínas do 2 de Julho

Nas lutas pela conquista da Independência da Bahia as mulheres tiveram papel fundamental. De acordo com historiadores elas eram costureiras, mães, filhas, muitas mulheres anônimas que armaram diversas estratégias para derrotar os portugueses. Entre elas 3 têm destaque nessa história e são consideradas heroínas do 2 de Julho:  Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa.

 

Joana Angélica

Em fevereiro de 1822, a abadessa Joana Angélica se tornou a primeira heroína e mártir da independência.

Durante o ataque ao quartel da Mouraria, os soldados portugueses tentavam invadir o Convento da Lapa em busca de armas e inimigos supostamente escondidos.

Já com 60 anos e pela segunda vez na direção do Convento, a religiosa tentou impedir a entrada de soldados no Convento. Recebeu golpes de baioneta e faleceu no dia seguinte, em 20 de fevereiro de 1822.

Este assassinato serviu como um dos estopins para o início da revolta dos brasileiros.

 

Maria Quitéria

Ela não se contentou em assumir o papel normalmente reservado às mulheres daquela época. Usando o uniforme do cunhado, Maria Quitéria entra para o Batalhão dos Periquitos, assim apelidado popularmente pelo uso de mangas e golas verdes, e passa a se chamar soldado Medeiros. Isso mesmo! Ela se fingiu de homem, fugiu de casa para lutar pela Bahia e se tornou uma das principais personagens da independ6encia.

Pela coragem honras de Primeiro Cadete e um decreto imperial lhe conferiu as honras de Alferes de Linha. Em 1996, foi reconhecida como Patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. E por determinação ministerial, sua imagem deve estar em todos os quartéis do país.

Em Salvador, uma estátua foi erguida em 1953, ano do centenário de sua morte, no Bairro da Liberdade.

 

Maria Felipa.

Pescadora e marisqueira, ela liderou outras mulheres negras, índios tupinambás e tapuias em batalhas contra os portugueses a partir de 1822. Um dos feitos do grupo de Maria Felipa foi ter queimado 40 embarcações portuguesas que estavam próximas à Ilha.

Conhecida por ser uma mulher muito alta, de grande força física, Maria Felipa teria liderado um grupo de 200 pessoas, que usavam facas de cortar baleia, peixeiras, pedaços de pau e galhos com espinhos como armas.
“As mulheres seduziam os portugueses, levavam pra uma praia, faziam com que eles bebessem, os despiam e davam uma surra de cansanção”, conta a pesquisadora de patrimônio cultural e histórico Eny Kleyde Farias, autora do livro “Maria Felipa de Oliveira: heroína da independência da Bahia”, lançado em 2010.

Dois de Julho

A história da Independência do Brasil na Bahia começou a ganhar força no início de 1822, com o desejo da Bahia de romper com a coroa, quando o rei de Portugal, D. João VI, tirou o brasileiro Manoel Guimarães do comando de Salvador, colocando em seu lugar o general português Madeira de Melo no cargo. 

Os baianos foram às ruas para protestar e entraram em confronto com os soldados portugueses. Meses depois, em 12 de junho, a Câmara de Salvador tenta romper com a coroa portuguesa. O general Madeira de Melo coloca as tropas nas ruas e impede a sessão. 

Fonte: Tribuna Bahia e G1