Jogadora diz receber ameaça de morte após protesto contra Maradona
por Folhapress

Paula Dapena, 24, jogadora do clube Viajes Interrías (terceira divisão feminina espanhola), fez um protesto durante uma homenagem a Diego Maradona, que morreu na quarta-feira (25), aos 60 anos (leia mais). Segundo a atleta, após o gesto, ela recebeu ameaças de morte.
“Para as vítimas [da violência contra as mulheres] não houve um minuto de silêncio, por isso obviamente não estou disposta a guardar um minuto de silêncio por um agressor e não aceito que não se faça nada pelas vítimas", disse a jogadora de futebol ao site do jornal Pontevedra Viva, citando o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25 de novembro).
Ela não explicou a quais episódios se referia. O ex-jogador já foi foi acusado de agressão pela ex-namorada Rocío Oliva e de assédio sexual pela repórter russa Ekaterina Nadolskaya. Sua ex-mulher, Claudia Villafañe, o denunciou por violência psicológica.
Paula afirmou que foi ameçada após fazer o protesto. "No clube, estão todos comigo. Recebi muito apoio nas redes sociais, mas também recebi ameaças de morte tanto eu quanto minhas companheiras de time."
A jogadora contou que ficou sabendo do tributo a Maradona somente quando já estava em campo e que, apesar de reconhecer a trajetória do ex-jogador, não consegue separar o que ele fez dentro e fora dos gramados.
"Não se pode perdoá-lo por todas as atrocidades que cometeu fora de campo. Para ser jogadora, tenho que ser a primeira pessoa com valores além das habilidades que ele tinha, que sabemos serem qualidades e dons espetaculares no futebol", disse Paula.
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