Filho de pastor, deputado do DEM é cotado para o comando da Secretaria de Cultura
por Gustavo Fioratti | Folhapress

O comando da Secretaria Especial de Cultural, do Ministério da Cidadania, deve ser entregue nesta semana ao deputado Marcos Soares (DEM), filho do pastor Romildo Ribeiro Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Antes de Braga, a secretaria foi comandada por Henrique Pires, que deixou a cadeira dizendo que preferia sair a "bater palma para censura". Ele se referia a uma portaria assinada pelo ministro Osmar Terra suspendendo edital da Ancine que continha uma linha de estímulo a obras LGBT.
Formado em direito, Soares é visto como um nome que pode estabelecer na subpasta diretrizes ainda mais conservadoras, em alinhamento com ideologia de defendida por parcela dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Osmar Terra.
No ano passado, Soares enviou um documento ao então presidente Michel Temer sugerindo que o Executivo retomasse nas escolas públicas a disciplina de educação moral e cívica, uma das ferramentas de controle ideológico instituída no período da ditadura militar.
"Defendemos, enfaticamente, o retorno da educação moral e cívica às escolas deste país. No momento histórico por que passa o Brasil, a sociedade demanda o retorno de valores éticos, patrióticos e cidadãos, valores que podem --e devem-- ser desenvolvidos sistematicamente pela escola regular, desde o ensino fundamental", escreveu.
Como deputado, Soares propôs projetos de radiodifusão que beneficiam organizações religiosas.
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