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Vacinação continua na fase adulta; saiba quais imunizantes tomar

Por Laiz Menezes | Folhapress

Vacinação continua na fase adulta; saiba quais imunizantes tomar
Foto: Reprodução / Canva

Com a chegada do verão, a maior circulação de pessoas, chuvas e o aumento das viagens elevam o risco de doenças infecciosas como hepatite A, dengue e febre amarela. Especialistas lembram que todas essas enfermidades podem ser evitadas com vacinas e recomendam que adultos revisem a carteira vacinal antes de viajar ou iniciar as férias.
 

Algumas vacinas que não estão disponíveis gratuitamente para adultos na rede pública podem ser oferecidas sem custo em situações especiais por meio dos CRIEs (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais).
 

Nesses centros, pessoas com maior risco para complicações, como pacientes que vivem com HIV, pessoas com câncer e transplantados, têm direito a vacinas que não fazem parte do calendário comum, como as vacinas meningocócicas e pneumocócicas.
 

CONFIRA ABAIXO AS VACINAS INDICADAS PARA ADULTOS
 

HEPATITE A E B
 

A vacina contra hepatite A na rede privada pode ser aplicada em qualquer pessoa a partir dos 12 meses que ainda não tenha sido imunizada. É considerada a principal forma de prevenção contra a infecção.
 

O imunizante está disponível no SUS como parte do calendário infantil, com uma dose aos 15 meses, podendo ser aplicado a partir dos 12 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
 

A hepatite B também pode ser prevenida por meio da vacina, disponível gratuitamente no SUS para qualquer pessoa não vacinada. Para adultos que não receberam quando crianças, o esquema habitual é de três doses.
 

Na rede privada, as vacinas podem custar R$ 330. Os preços mencionados são aproximados e foram levantados em clínicas privadas. Os valores podem variar de acordo com a cidade, o laboratório e o estabelecimento.
 

TÉTANO, DIFTERIA E COQUELUCHE
 

A vacina contra tétano e difteria, conhecida como dupla adulto (dT), deve ser reforçada a cada 10 anos —ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves.
 

"Esse cuidado é essencial porque o risco de exposição ao tétano aumenta com a idade, seja por pequenos acidentes, cortes domésticos ou atividades como jardinagem. Após os 60 anos, a vulnerabilidade cresce ainda mais", explica a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e diretora do Comitê de Imunização da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
 

Também está disponível no Brasil a dTpa, que inclui o componente contra coqueluche. A doença, mais frequente no verão, costuma causar nos adultos uma tosse intensa e prolongada por semanas. O reforço com o componente pertussis é especialmente útil para quem convive com bebês, grupos vulneráveis ou atua na área da saúde, diz Maria Isabel de Moraes Pinto, infectologista do Delboni.
 

As opções de imunização disponíveis na rede privada incluem diferentes combinações de vacinas. A DTPa + IPV, que protege contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite, custa R$ 270. A vacina DTPa + Polio + Hib (pentavalente), indicada contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, tem valor de R$ 292.
 

A DTPa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é oferecida por R$ 260. E a vacina hexavalente (DTPa + IPV + Hib + hepatite B), que amplia a proteção para difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B, custa R$ 344.
 

A dTpa é ofertada na rede privada. Pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) é oferecida desde 2014 como rotina para gestantes, puérperas até 45 dias (quando não vacinadas na gestação), parteiras tradicionais e profissionais ou estagiários de saúde que trabalham em maternidades e unidades neonatais.
 

INFLUENZA (GRIPE)
 

A vacina da gripe deve ser aplicada uma vez ao ano, porque o vírus da influenza sofre mutações constantemente, o que exige atualização anual da fórmula para garantir proteção adequada.
 

No SUS, a imunização está disponível para os seguintes grupos prioritários: idosos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança, das Forças Armadas e dos Correios, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, funcionários e pessoas privadas de liberdade (incluindo jovens em medida socioeducativa), trabalhadores portuários, pessoas com deficiência permanente e pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais.
 

Na rede privada, o imunizante é recomendado para crianças a partir de 6 meses, adultos e idosos por cerca de R$ 99.
 

TRÍPLICE VIRAL
 

Pinto reforça que os adultos devem manter em dia a vacinação contra sarampo, rubéola e caxumba (tríplice viral), especialmente por causa do risco atual de reintrodução do sarampo no país. Embora o Brasil esteja momentaneamente livre da circulação do vírus, o número de casos tem aumentado no mundo, e surtos em países do hemisfério Norte elevam a chance de casos importados.
 

Pelo calendário do SUS, todos os adultos com até 59 anos devem ter registro da tríplice viral, sendo duas doses até 30 anos e uma dose para quem tem entre 30 e 59 anos. Após os 60 anos, a vacina não é aplicada rotineiramente. Na rede privada, o imunizante pode custar até R$ 139.
 

DENGUE
 

A dengue é uma das doenças mais preocupantes do verão, já que a combinação de calor e chuva favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O SUS oferece a vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica Takeda, para crianças entre 10 e 14 anos. O imunizante também está disponível na rede particular para pessoas de 4 a 60 anos por R$ 448.
 

Para adultos, a vacina contra a dengue ainda não está disponível gratuitamente na rede pública. O Ministério da Saúde anunciou, porém, que uma vacina de dose única fabricada pelo Instituto Butantan começará a ser aplicada até o final do mês de janeiro em profissionais da APS (Atenção Primária à Saúde). A ideia é ampliar para o público geral em seguida, mas ainda não foi divulgado um cronograma detalhado.
 

HERPES ZOSTER
 

O zoster é causado pela reativação do vírus da catapora (varicela), que permanece adormecido no organismo após a infecção na infância e, anos depois, pode retornar provocando dor intensa, desconforto e complicações como neuralgia pós-herpética.
 

A vacina não está disponível no SUS, mas pode ser aplicada na rede privada em duas doses, sendo a primeira R$ 889 ou o pacote com duas doses por R$ 1.689. É indicada para adultos a partir de 50 anos, e também para pessoas a partir de 18 anos com risco aumentado para herpes zoster, como imunossuprimidos.
 

MENINGITE E PNEUMONIA
 

As vacinas contra meningite não fazem parte da rotina de adultos e só são indicadas quando há surto de meningite meningocócica perto de onde a pessoa mora ou trabalha. No SUS, essas vacinas são utilizadas apenas em situações de surto ou para grupos específicos definidos pela vigilância. Na rede privada custa R$ 434.
 

Já a vacina contra pneumonia (pneumocócica) é indicada a partir dos 60 anos, em dose única, por proteger contra o pneumococo, principal bactéria causadora de pneumonia, mas não está disponível no SUS para idosos saudáveis, ficando restrita à rede privada ou a grupos de risco estabelecidos.
 

As vacinas pneumocócicas também estão disponíveis em diferentes versões na rede privada. A pneumocócica 13-valente, que protege contra 13 sorotipos da bactéria Streptococcus pneumoniae, custa R$ 310. Já a pneumocócica 15-valente, com cobertura ampliada para 15 sorotipos, é oferecida por R$ 330. A opção mais abrangente é a pneumocócica 20-valente, que protege contra 20 sorotipos da bactéria e tem valor de R$ 499.
 

VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO
 

O vírus sincicial respiratório (VSR) conta com vacina na rede privada para a população acima de 60 anos, gestantes e pessoas com comorbidade acima dos 18 anos. O valor varia de R$ 1.520 a R$ 1.690. Enquanto no SUS o imunizante está disponível para gestantes a partir da 28ª semana, independentemente da idade da mãe, com dose única a cada gestação.
 

FEBRE AMARELA
 

Outra vacina importante, especialmente para quem vive no Brasil —considerado um país endêmico, ou seja, um lugar onde o vírus da febre amarela circula de forma constante todos os anos— é a da febre amarela. Ela está disponível na rede pública e, para adultos, é aplicada em dose única. Na rede privada custa R$ 198.
 

Pelas orientações do PNI, quem recebeu a primeira dose antes dos 5 anos deve tomar uma segunda dose em qualquer idade, já quem foi vacinado a partir dos 5 anos precisa apenas de uma dose ao longo da vida.
 

COVID-19
 

A vacina contra a Covid-19 está disponível para crianças a partir de 6 meses, idosos (60 anos ou mais), gestantes, pessoas com comorbidades ou deficiência permanente e demais grupos prioritários. Para quem nunca se vacinou e faz parte do público-alvo, a imunização também é indicada.
 

HPV
 

A vacina contra o HPV é amplamente recomendada para adultos de até 45 anos e adolescentes porque protege contra o vírus relacionado ao desenvolvimento de vários tipos de câncer, como colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. Também protege contra verrugas genitais, um problema muito comum tanto em homens quanto em mulheres.
 

No Brasil, estão disponíveis duas vacinas: a HPV4 e a HPV9. A primeira está disponível no SUS para adolescentes de 9 a 14 anos. A diferença entre as duas é que enquanto uma oferece proteção para quatro subtipos do HPV, a outra protege contra nove. Na rede privada, a nonavalente custa R$ 940 a 1ª dose, R$ 1.786 duas doses e R$ 2.679 as três doses.