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Marca Bahia Notícias

Notícia

ANS inclui cirurgia robótica para câncer de próstata na cobertura obrigatória dos planos de saúde

Por Folhapress

ANS inclui cirurgia robótica para câncer de próstata na cobertura obrigatória dos planos de saúde
Foto: Wikimedia Commons

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta sexta-feira (5) a incorporação da prostatectomia radical assistida por robô ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Será a primeira cirurgia robótica com cobertura obrigatória pelos planos de saúde do país.
 

O procedimento --que consiste na remoção completa da próstata e é o principal tratamento para o câncer localizado ou localmente avançado-- estará disponível a partir de abril de 2026. No SUS (Sistema Único de Saúde), a tecnologia está aprovada desde agosto deste ano.
 

Segundo o presidente da ANS, Wadih Damous, a medida representa um passo importante na modernização da saúde suplementar, ampliando o acesso a tecnologias que oferecem melhores resultados clínicos e mais qualidade de vida aos pacientes.
 

A diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, ressalta que a efetividade da medida depende de uma implementação estruturada com segurança, qualidade assistencial e condições adequadas de oferta aos beneficiários.
 

A prostatectomia robótica é o método cirúrgico mais avançado para o tratamento do câncer de próstata. A tecnologia permite maior precisão durante o procedimento, reduz sangramentos, diminui o tempo de internação e melhora os resultados funcionais em comparação com as técnicas tradicionais.
 

A recomendação positiva da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no SUS considerou avanços nas evidências científicas e a existência de infraestrutura já instalada na rede pública, que conta com 40 plataformas robóticas em operação. Pela lei, quando aprovada pelo SUS, a ANS deve incluir também nos procedimentos obrigatórios pelos plano de saúde.
 

A adoção da tecnologia ainda enfrenta o desafio da interiorização desse procedimento, já que os equipamentos estão concentrados hoje nas regiões Sul e Sudeste. A inclusão ao rol deve ampliar os investimentos da saúde privada na expansão da capacidade instalada no país.
 

A cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata foi aprovada pelo FDA nos Estados Unidos e por órgãos reguladores na Europa entre 2003 e 2004. No Brasil, o primeiro sistema robótico foi aprovado pela Anvisa em 2008 e começou a ser utilizado em hospitais privados.
 

Maioria dos pacientes tem mais de 60 anos
 

O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens --fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Até o final de 2025, a estimativa é de que mais de 71,7 mil brasileiros sejam diagnosticados com a doença, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
 

O avanço da idade permanece como o principal fator de risco, e a maior parte dos casos ocorre após os 60 anos, faixa etária em que a atenção à saúde costuma diminuir por barreiras culturais, falta de informação ou dificuldade de acesso ao sistema de saúde.
 

De acordo com especialistas, o desafio é combinar conscientização, redução de estigmas e ampliação do acesso aos exames de rotina.
 

Campanhas públicas e iniciativas de rastreamento têm avançado, mas ainda esbarram na dificuldade de atingir segmentos da população masculina mais vulneráveis.
 

A expectativa é de que, com diagnóstico cada vez mais precoce e maior adesão aos cuidados preventivos, o país consiga reduzir de forma consistente a mortalidade associada à doença nos próximos anos.