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Marca Bahia Notícias

Notícia

Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negro

Por Folhapress

Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negro
Foto: Google Maps

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Educafro (movimento social e organização que promove a inclusão racial e social de negros e pessoas de baixa renda no ensino superior) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) seção Rio de Janeiro ajuízaram uma ação civil pública na tarde desta quarta-feira (19) contra o banco Itaú pela morte de um cliente negro dentro de uma agência na capital fluminense, 19 anos atrás.
 

A ONG e a OAB pedem indenização moral coletiva no valor de R$ 414 milhões, que representaria 1% do lucro anual de 2024 do banco.
 

Segundo a ação, 80% do valor será destinado a jovens pobres e afro-brasileiros que enfrentam dificuldades com moradia e alimentação, garantindo condições de permanência em suas respectivas instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas. Os 20% restantes deverão ser aplicados na compra de computadores e na oferta de cursos de formação voltados à população afro-brasileira, abrangendo diferentes áreas de desenvolvimento educacional.
 

O Itaú foi procurado no final da tarde dessa quarta, mas não e manifestou até a publicação deste texto.
 

Segundo Frei David Santos, da Educafro, a medida serve para mostrar a toda população do país que o racismo é um crime imprescritível e inaceitável.
 

O CASO
 

A vítima, um jornaleiro de 35 anos, procurou a agência bancária, na esquina da avenida Rio Branco com a rua Nilo Peçanha, no Centro do Rio, para pagar uma conta, em dezembro de 2006.
 

O jornaleiro foi barrado na porta giratória, houve uma discussão com o segurança e a vítima morreu após ser atingida por um disparo da arma do vigia.
 

Pessoas que estavam na fila formada em frente ao banco devido à discussão, afirmaram que o jornaleiro retirou moedas, celular e outros objetos dos bolsos.
 

Segundo o vigilante, o jornaleiro ficou preso na porta giratória e se recusou a retirar os objetos de metal que portaria, versão contestada por testemunhas.
 

Após discussão, o gerente foi chamado. A vítima, então, apresentou o cartão do banco para provar que era cliente, o que liberou sua entrada. Ainda de acordo com depoimento do vigilante, o cliente o agrediu com um soco e um chute. Após os golpes, ele teria sacado a arma. Em seguida, disse ter levado um tapa em uma das mãos —não soube dizer se era a que segurava o revólver. Depois do tapa, ele afirma que houve o disparo.
 

Um amigo do jornaleiro afirmou que ele morreu por ser negro.
 

O vigilante respondeu ao processo de homicídio doloso (com intenção) em liberdade.