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Notícia

Pais são presos sob suspeita de agredir filhos com raquetadas no interior de SP

Por Fábio Pescarini| Folhapress

Pais são presos sob suspeita de agredir filhos com raquetadas no interior de SP
Foto: Reprodução / @hujundiai

Os pais de dois meninos, de 8 e 10 anos, foram presos na última quarta-feira (12) sob suspeita de agredir os filhos em Jundiaí, a cerca de 60 km de São Paulo. A mãe, segundo um deles, teria usado uma raquete para bater nas crianças. O caso ocorreu
 

As duas crianças estão internados no Hospital Universitário de Jundiaí. Uma terceira filha do casal, de 5 anos, foi levada pelo Conselho Tutelar para um abrigo transitório.
 

Em audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão do casal, um engenheiro de 43 anos e uma enfermeira de 36. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos. No dia da prisão, os pais negaram as agressões.
 

De acordo com boletim de ocorrência registrado no plantão do 1º Distrito Policial da cidade, uma conselheira tutelar foi informada por uma funcionária do Fórum de Jundiaí sobre suposta situação de agressão física ao filho mais velho.
 

Por causa das lesões, a criança havia relutado em ir à escola, onde acabou acolhida.
 

Ainda conforme a funcionária da Justiça, o caso já tinha sido comunicado ao Minitério Público.
 

A partir da denúncia, de acordo com o documento policial, a conselheira tutelar foi até a escola, onde encontrou o menino visivalmente machucado, com acompanhamento de uma equipe pedagófica e de um funcionário da Secretaria de Educação do município.
 

Questionado sobre as lesões, a criança disse que havia sido agredida com uma raquete pela mãe. Também afirmou que os castigos físicos eram diários e recorrentes.
 

O menino declarou ainda que era obrigado a permanecer durante a noite em "posição de flexão, apenas de roupa íntima, trancado em um escritório, sem alimentação adequada, por punição, e sem poder dormir". Disse ainda que ficou sem banho por 15 dias.
 

"A vítima informou que o pai tinha conhecimento das agressões e, por vezes, também participava das mesmas", afirma o boletim de ocorrência.
 

O irmão de 8 anos confirmou a denúncia, mostrando à conselheira cicatrizes antigas que teriam sido originadas de agressões.
 

A conselheira solicitou apoio da Guarda Municipal para garantir a segurança da abordagem e afastou a filha mais nova do ambiente.
 

"Ambos os pais se mantiveram calmos, sem demonstrar reação emocional ou arrependimento, negando os fatos e não apresentando resistência", disse à conselheir à polícia, conforme registro no boletim de ocorrência.
 

Durante atendimento médico, o menino reafirmou as agressões, "relatando que a mãe batia com raquete, arrancava seus cabelos, apertava sua genitália, e já havia quebrado uma garrafa em seu braço, provocando sangramento".
 

Após exame clínico, o médico constatou múltiplas fraturas e alterações abdominais. Foi solicitada ultrassonografia.
 

Na delegacia, a conselheira disse que os pais permaneceram em silêncio quando questionados sobre as agressões, "sendo a única preocupação da mãe relacionada à possibilidade de visitas e à rotina após o afastamento das crianças".
 

Os pais acabaram presos em flagrante e não foi arbitrada fiança.
 

"Apesar de conduzidos negarem os fatos, neste momento de cognição sumaríssima, reputo que há indícios suficientes de autoria e materialidade da infração penal de maus-tratos", escreveu o delegado Elvis Rodrigues Rocha no boletim de ocorrência.