Sempre vai ter gente consumindo droga na rua, diz Tarcísio ao defender fim da Cracolândia
Por Isabela Palhares | Folhapress
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou a afirmar que a cracolândia não existe mais na capital paulista. Segundo ele, existem situações pontuais de consumo de drogas no centro da cidade.
"Quando a gente fala que acabou a cracolândia é porque aquele cenário que a gente tinha de venda e uso de drogas ostensivo, de território livre. Isso não tem mais mesmo, é só ir lá no centro e ver", disse nesta quinta-feira (13).
Ao ser questionado sobre a pulverização de usuários de drogas em outras regiões do centro de São Paulo, Tarcísio disse: "Sempre a aconteceu e vai continuar acontecendo, como em qualquer grande centro."
Ele disse ainda que o governo seguirá com uma série de ações sobre o tema. "Sempre vai ter gente consumindo droga na rua, porque esse é um problema social. Mas a gente vai cuidar de todos eles."
A fala do governador acontece após uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrar que usuários de drogas resistem na região da cracolândia e chegam ao Memorial da América Latina.
De dia é comum ver usuários perambulando com cachimbos nas mãos. À noite, as chamas da queima do crack deixam claro que ainda há resistência a buscar cracolândias na periferia, mesmo com abordagens a todo momento por parte da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana para impedir tentativas de reagrupamento.
Na noite de segunda-feira (10) e durante toda a terça-feira (11), cerca de 30 pessoas estavam sentadas e em pé na calçada rente ao muro do Memorial da América Latina, na avenida Pacaembu, na Barra Funda, zona oeste. A aglomeração está próxima de um terminal de ônibus e de estações de trem e do metrô.
Ali havia um pequeno comércio de droga. Também era possível comprar cachimbo para o uso de crack, exposto sobre uma caixa. Outros produtos também eram comercializados, como bebidas e brinquedos, formando uma rotina já conhecida.
