Corpos dos 117 mortos em operação no Rio são liberados, diz Defensoria
Por Folhapress
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou neste domingo (2) que os corpos dos 117 suspeitos mortos na megaoperação do Rio de Janeiro foram liberados do IML (Instituto Médico-Legal).
Defensoria afirmou que corpos foram liberados do IML (Instituto Médico-Legal) na tarde deste domingo. A informação não foi confirmada de maneira oficial pelo IML.
Megaoperação deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. Entre os 117 suspeitos assassinados, o IML Afrânio Peixoto já identificou 109 corpos. Até sexta-feira, o número era de 99. A lista atualizada com os nomes dos identificados não foi divulgada.
Do total de suspeitos mortos, 43 possuíam mandados de prisão pendentes. Além disso, 78 alvos apresentavam relevante histórico criminal, informou o governo do Rio.
Outros 39 suspeitos mortos eram de outros estados. São 13 do Pará; 7 do Amazonas; 6 da Bahia; 4 do Ceará; 4 de Goiás; 1 da Paraíba; 1 de Mato Grosso; e três do Espírito Santo.
Nenhum dos mortos identificados até o momento consta em denúncia do MP-RJ que baseou a operação. O documento cita os nomes de 69 réus e mostra que foram expedidos mandados de prisão preventiva para 48 pessoas. Nenhuma delas está entre os mortos da operação.
MEGAOPERAÇÃO NO RIO
O número de mortos no RJ nesta semana ultrapassa o massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando 111 detentos foram mortos. Outras nove pessoas ficaram feridas, entre elas três moradores e seis policiais - quatro civis e dois militares.
Moradores encontraram dezenas de corpos em uma área de mata no alto da Serra da Misericórdia, no Complexo da Penha. As vítimas foram levadas para a Praça São Lucas, onde equipes da Defesa Civil fizeram a remoção.
O IML Afrânio Peixoto foi fechado para receber exclusivamente os corpos da operação. A Defensoria Pública montou um posto de atendimento para auxiliar as famílias na identificação das vítimas.
A polícia diz que a operação foi planejada durante um ano e teve como alvo lideranças do CV. Segundo os investigadores, os chefes da facção controlavam o tráfico em diferentes regiões do estado. Foram apreendidas 118 armas, incluindo 91 fuzis. O material recolhido segue em análise pelos órgãos de segurança.
Ao menos nove pessoas ficaram feridas. São três moradores e seis policiais; quatro civis e dois militares.
