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Marca Bahia Notícias

Notícia

Maduro reage aos EUA e condena 'golpes de Estado dados pela CIA'

Por Folhapress

Maduro reage aos EUA e condena 'golpes de Estado dados pela CIA'
Foto: Criative Commons

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu à declaração de Trump confirmando operações da espionagem dos Estados Unidos em seu país.
 

"Não à guerra no Caribe. Não à mudança de regime, que nos lembra tanto as eternas guerras fracassadas no Afeganistão, no Irã, no Iraque. Não aos golpes de Estado dados pela CIA", disse Maduro em um discurso nesta quarta-feira (15). "A América Latina não os quer, não precisa deles e os repudia."
 

Mais cedo, Trump confirmou informação divulgada pelo jornal The New York Times e disse que autorizou a agência de espionagem americana, que tem longo histórico de interferência na América Latina, a realizar operações secretas e letais na Venezuela. O objetivo seria derrubar Maduro do poder.
 

O ditador mobilizou as Forças Armadas da Venezuela e vem falando em defender o país contra uma possível invasão americana. Nesta quarta, antes das declarações de Trump, Maduro ordenou a realização de exercícios militares nas maiores favelas do país um dia após um novo ataque dos Estados Unidos contra um barco próximo à costa do país -desde setembro, o governo Trump já matou 27 pessoas em embarcações que supostamente carregavam drogas em direção aos EUA.
 

"Vamos ativar toda a força militar de defesa popular, militar e policial", disse Maduro no Telegram. Para o ditador, as acusações de narcoterrorismo são uma desculpa para justificar uma incursão militar na Venezuela, que estaria enfrentando "a ameaça militar mais letal e extravagante da história".
 

O ministro do Interior e considerado número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, disse que os exercícios fazem parte de uma "ofensiva permanente" contra o "cerco e a agressão" dos Estados Unidos.
 

Ao mesmo tempo, Maduro demonstrou estar aberto a negociar com Trump para evitar uma escalada. Segundo a agência de notícias Reuters, Madurou enviou uma carta para o presidente americano em setembro, após o primeiro ataque dos EUA contra uma embarcação que saía da Venezuela. Na carta, ele disse que apenas 5% das drogas que chegam aos EUA são enviadas por meio de seu país, em parte em razão de esforços das autoridades venezuelanas.
 

"Presidente, espero que juntos possamos derrotar as falsidades que têm manchado nosso relacionamento, que deve ser histórico e pacífico", escreveu Maduro. "Essas e outras questões estarão sempre abertas para uma conversa direta e franca com seu enviado especial para superar o ruído da mídia e as notícias falsas", disse, em referência ao diplomata Richard Grenell.
 

Segundo relatos da imprensa americana, Caracas chegou a oferecer a Washington um acordo que daria aos EUA participação dominante na indústria de petróleo do país, que tem as maiores reservas de óleo do mundo. O governo Trump teria recusado a proposta em favor de perseguir uma estratégia de derrubar Maduro do poder por meio da força. Essa seria a opção preferida pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo diretor da CIA, John Ratcliffe.