Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Renan apresenta projeto que corrige tabela do Imposto de Renda para 2026

Por Folhapress

Renan apresenta projeto que corrige tabela do Imposto de Renda para 2026
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou nesta terça-feira (23) na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado um projeto de lei que corrige a tabela do Imposto de Renda, uma alternativa ao texto do governo que está previsto para ser votado na Câmara na próxima semana.
 

O projeto prevê isenção até o valor de R$ 5.000 mensais e redução decrescente do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 7.350.
 

Presidente da CAE e relator do projeto, Renan decidiu colocar o texto em votação uma semana depois de afirmar que os deputados federais vinculam o projeto de isenção do Imposto de Renda à anistia aos condenados no processo da trama golpista. A CAE, no entanto, adiou a votação após pedido de vista de senadores da oposição ao governo Lula.
 

O senador concedeu vista coletiva por 24 horas e, assim, a discussão será retomada nesta quarta (24).
 

Com compensação, a reforma prevê tributação de lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais, com retenção de 10% na fonte sobre o que exceder o limite. Dividendos remetidos ao exterior serão tributados a 10%.
 

Renan aproveitou um projeto de 2019 do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre o tema e apresentou um relatório atualizando o texto e incorporando a proposta do governo.
 

Como novidade, o texto do Senado institui um programa de regularização tributária para pessoas físicas de baixa renda. Pessoas com renda de até R$ 5.000 que estão devendo à Receita Federal poderão refinanciar suas dívidas.
 

A proposta institui o imposto mínimo para quem tem renda anual acima de R$ 600 mil. Segundo o senador, a progressividade da alíquota, que vai de 0% a 10%, garante proporcionalidade e evita tributação confiscatória, preservando a competitividade e a atratividade dos investimentos.
 

Também está previsto um mecanismo de crédito quando a soma da tributação interna e externa ultrapassar a carga nominal de IRPJ/CSLL da empresa, de acordo com o setor.
 

Ao apresentar o texto, Renan se contrapõe ao deputado Arthur Lira (PP-AL), relator da proposta na Câmara e seu principal rival político. O senador escalou a si mesmo como relator.
 

O relatório de Lira, que já foi aprovado em comissão especial no mês passado, manteve a criação do imposto mínimo para quem ganha a partir de R$ 50 mil mensais e também a alíquota de 10% para quem ganha a partir de R$ 1,2 milhão ao ano. A oposição e parte do centrão se movimentam no Congresso para alterar o projeto na Câmara.
 

ENTENDA O QUE O PLENÁRIO DA CÂMARA VAI ANALISAR
 

Nova faixa de isenção: Rendas de até R$ 5.000 passam a ser isentas de Imposto de Renda. Desde maio deste ano, estão isentos os que ganham até R$ 3.036. 10 milhões de pessoas serão beneficiadas, segundo o governo.
 


Isenção parcial de Imposto de Renda: Quem ganha até R$ 7.350 pagará menos IR do que atualmente. Acima de R$ 5.000, o contribuinte terá percentuais de desconto sobre o imposto a pagar.

 

Quanto vai custar: R$ 31,25 bilhões em 2026; R$ 33,53 bilhões em 2027; R$ 35,80 bilhões em 2028.
 


Quem vai pagar: Imposto mínimo para rendas mais altas; quem ganha mais de R$ 50 mil mensais fica sujeito a uma alíquota mínima efetiva, que equivale ao tributo efetivamente pago; essa cobrança vai incidir também sobre dividendos acima desse valor, que terão imposto recolhido na fonte; a alíquota máxima de 10% será cobrada de quem ganha mais de R$ 1,2 bilhão.
 


 

Quanto o governo vai arrecadar com o imposto mínimo: R$ 25,22 bilhões em 2026; R$ 29,49 bilhões em 2027; e R$ 29,83 bilhões em 2028.
 


 

Dispositivo redutor
 

Na renda alta, haverá um "encontro de contas" entre a tributação da pessoa física e da pessoa jurídica
 

O mecanismo prevê que as alíquotas nominais não passem de 34%
 

A alíquota equivale para a maioria das empresas; para bancos é de 40%
 

Com esse dispositivo, um acionista terá seus dividendos tributados em até 10% ou até que, na soma das alíquotas jurídicas, chegue a 34% ou 40%

 

Imposto sobre dividendos de estrangeiros ou remetidos ao exterior
 

Esses pagamentos terão alíquota de 10% retida na fonte

 

Quanto o governo vai arrecadar com esses dividendos
 

R$ 8,90 bilhões em 2026
 

R$ 9,69 bilhões em 2027
 

R$ 9,81 bilhões em 2028