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Esquerda mira julgamento e tarifaço em atos de 7 de Setembro para se contrapor a bolsonarismo

Por Cristiane Gercina e Juliana Arreguy | Folhapress

Esquerda mira julgamento e tarifaço em atos de 7 de Setembro para se contrapor a bolsonarismo
Foto: Reprodução / Agência Brasil [Arquivo]

Centrais sindicais e grupos de esquerda farão atos neste domingo (7) em defesa da soberania nacional e na tentativa de mobilizar a militância nas ruas em meio ao julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).
 

Os eventos devem contar com a presença de ministros e aliados do governo Lula (PT) e servir de contraponto às manifestações bolsonaristas marcadas para o mesmo dia. Conhecido como "Grito dos Excluídos", o ato ocorre há 20 anos e é organizado por frentes sociais.
 

Desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a utilizar os desfiles de 7 de Setembro como parte de sua bandeira política, o ato ligado à esquerda ganhou também conotação de oposição política ao bolsonarismo.
 

A organização envolve a Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos como o MST e o MTST, e o Fórum das Centrais Sindicais, que engloba os principais sindicatos do país.
 

Os sindicatos preveem cerca de 200 a 250 ônibus em São Paulo para a manifestação principal na praça da República, região central da capital paulista, a partir das 9h.
 

O horário foi marcado para o período da manhã para evitar conflitos com bolsonaristas que participarão do ato em defesa de Bolsonaro na avenida Paulista, a cerca de 3 km de distância, que ocorrerá a partir das 15h.
 

Foram confirmadas, no ato da República, as presenças de Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, e do presidente nacional do PT, Edinho Silva, além de deputados federais da base de Lula, como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP). Também há expectativa de que Marcio Macêdo, secretário-geral da Presidência da República, participe.
 

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) evita falar em números de participantes e diz que os sindicalistas vão às ruas defender a "pauta da classe trabalhadora", que inclui soberania, isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, taxação dos super-ricos, fim da escala 6x1, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e contra pelotização irrestrita.
 

A organização coletará assinaturas, durante os atos, para tentar pressionar o Congresso Nacional por meio de um "plebiscito popular", como chamaram, a respeito das pautas econômicas.
 

Sergio Nobre, presidente da CUT, afirma que o momento é decisivo e diz que a expectativa é um "ato qualificado", com representantes da sociedade civil organizada. Para ele, no entanto, o grande ato simbólico foi na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no largo São Francisco.
 

"Esse 7 de Setembro tem um simbolismo muito grande, especialmente diante dos ataques que a soberania do país vem sofrendo", afirmou Nobre, referindo-se às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil.
 

"Não tem motivação econômica. É uma manobra com objetivos políticos claros: favorecer a candidatura de Bolsonaro em 2026 e abrir caminho para a eleição de um presidente de extrema-direita alinhado aos interesses dos Estados Unidos", disse.
 

Sobre a anistia, alega que não se pode deixar de punir com rigidez quem cometeu crimes contra a democracia e chama de "golpe" a tentativa de anistiar Bolsonaro e demais réus. "É um golpe aqui, e essa história a classe trabalhadora já derrotou", diz.
 

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), acrescenta que não pode haver anistia porque isso seria uma forma de desvalorizar os Poderes.
 

"Não dá para pensar em uma anistia irrestrita. Estamos valorizando muito o equilíbrio do Supremo, e esperamos que o parlamento não sucumba a pressões", afirma.
 

Para Gilmar Mauro, dirigente do MST, o ato de domingo também servirá de teste para a presença da esquerda em manifestações de rua, após o grupo político se surpreender positivamente com a quantidade de pessoas que compareceram a um ato na avenida Paulista para protestar contra o tarifaço.
 

No entanto, ele pede que sejam evitadas comparações com o ato bolsonarista, que tem mobilizado mais apoiadores nos últimos anos.
 

"Na militância de esquerda há um indicativo interessante de voltar a se mobilizar. Por isso, nós não estamos numa toada de comparar dados, quem leva mais ou menos para as mobilizações. Queremos, principalmente, mobilizar novamente a militância progressista em todo o Brasil", afirmou.
 

São esperadas mais de 40 manifestações em todo o país, distribuídas por 23 estados e pelo Distrito Federal.
 

CIDADES COM ATOS MARCADOS
 

Nordeste
 

- Maceió (AL): Praça da Faculdade, às 8h
 

- Feira de Santana (BA): Av. Presidente Dutra, às 14h
 

- Salvador (BA): Campo Grande, às 9h
 

- Souto Soares (BA): Praça Raul Soares, às 9h
 

- Fortaleza (CE): Praia do Futuro, às 8h
 

- Natal (RN): Praça das Flores, às 9h
 

- João Pessoa (PB): Sintricom - Av. Cruz Cordeiro, 75, às 17h30
 

- Recife (PE): Parque 13 de Maio até Praça do Carmo, às 9h
 

- Aracaju (SE): Praça da Catedral Metropolitana, às 9h
 

Norte
 

- Belém (PA): Concentração na Escadinha do Cais do Porto, caminhada até a Praça da Prefeitura, às 9h
 

- Macapá (AP): Avenida Cabral/Hospital do Amor - R. Carlos Daniel, 456 - Infraero II, às 7h
 

- Boa Vista (RR): Palco Aderval da Rocha, em frente à Praça Germano Sampaio, às 15h30
 

- Palmas (TO): Praça Tarcísio Machado, às 18h
 

Centro-Oeste
 

- Brasília (DF): Praça Zumbi dos Palmares, às 10h
 

- Goiânia (GO): Praça do Trabalhador, seguido de caminhada pela Feira Hippie, às 8h30
 

- Campo Grande (MS): Cruzamento da Rua 13 de Maio com Dom Aquino, às 8h
 

- Cuiabá (MT): Praça Cultural do bairro Jardim Vitória, caminhada até o Estádio Verdinho, às 7h30
 

- Cáceres (MT): Salão da Matriz São Sebastião, Rua Rodrigues Alves, 201, às 7h
 

Sudeste
 

- São Paulo (SP): Praça da República, às 9h
 

- Aparecida (SP): Concentração no Porto, caminhada até a Basílica, às 7h
 

- Mauá (SP): Praça Mons. Alexandre V. Arminas 01, às 8h30
 

- Santana do Parnaíba (SP): Largo da Matriz, às 14h
 

- Rio de Janeiro (RJ): rua Uruguaiana com Presidente Vargas, às 9h
 

- Belo Horizonte (MG): Praça Raul Soares, às 9h
 

- Vitória (ES): Praça Portal do Príncipe (concentração) até Praça João Clímaco, às 8h30
 

Sul
 

- Porto Alegre (RS): Ponte de Pedra, Largo dos Açorianos, às 14h
 

- Florianópolis (SC): Parque da Luz, às 8h30
 

- Joinville (SC): Entrada do Parque Caieira, às 15h