Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Morre Miguel Proença, um dos maiores pianistas brasileiros, aos 86 anos

Por Folhapress

Morre Miguel Proença, um dos maiores pianistas brasileiros, aos 86 anos
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Morreu, nesta sexta-feira, o pianista Miguel Proença, aos 86 anos, no Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro. Reconhecido internacionalmente, o Proença contribuiu para o prestígio da música erudita brasileira em outros países. A morte foi confirmada pelo cantor Márcio Gomes, amigo próximo do pianista. A causa da morte não foi divulgada.
 

"Sua carreira foi brilhante como pianista clássico, mas amava a música popular", escreveu Gomes, nas redes sociais.
 

Nascido em Quaraí, no Rio Grande do Sul, Proença começou a aprender piano ainda na infância. Estudou o instrumento em Hamburgo e Hannover, na Alemanha. Quando voltou ao Brasil, foi morar no Rio de Janeiro, onde dirigiu a Sala Cecília Meireles, a Escola de Música Villa-Lobos e foi secretário municipal de Cultura entre 1983 e 1988.
 

Em 2019, Proença assumiu a presidência da Funarte, durante o governo de Jair Bolsonaro, mas foi exonerado em novembro do mesmo ano. A demissão ocorreu após o pianista, junto a outros artistas, ter defendido a atriz Fernanda Montenegro, na época atacada pelo dramaturgo Roberto Alvim que a chamou de "sórdida" e "mentirosa". Alvim, na época, era diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte.
 

Proença gravou mais de 30 discos durante sua carreira, entre eles a série "Piano Brasileiro", em 2005, na qual interpretava autores clássicos. Ele colaborou com renomados compositores nacionais, como Alberto Nepomuceno, César Guerra-Peixe, Edino Krieger, Ernesto Nazareth, Oscar Lorenzo Fernández, Radamés Gnattali e Heitor Villa-Lobos, e internacionais, como o violinista italiano Salvatore Accardo e o flautista francês Jean-Pierre Rampa.
 

O pianista ainda fundou a Orquestra de Câmara da Cidade do Rio de Janeiro quando foi secretário municipal e deu aulas no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, e na Universidade de Música de Karlsruhe, na Alemanha.
 

Proença deixa três filhos, Paulo, Daniel e Laura. O velório será neste domingo, na Sala Cecília Meireles, no Rio, a partir das 10h.