O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse nesta quarta-feira (21) que a instabilidade na c&uacute;pula da entidade, com judicializa&ccedil;&atilde;o de seu mandato, n&atilde;o prejudica a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo feminina em 2027. 
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A declara&ccedil;&atilde;o foi dada ap&oacute;s encontro do dirigente com o presidente Lula (PT), no Pal&aacute;cio do Planalto, com a presen&ccedil;a dos ministros Andr&eacute; Fufuca (Esportes) e Paulo Pimenta (Secom) e da comitiva da Fifa que est&aacute; no pa&iacute;s para vistoriar est&aacute;dios. 
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&quot;N&atilde;o prejudica, n&oacute;s temos confian&ccedil;a plena em tudo do que tem acontecido. Fui eleito legitimamente, maior vota&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria da institui&ccedil;&atilde;o. Estamos trabalhando com todo o otimismo e considera&ccedil;&atilde;o para fazer melhores competi&ccedil;&otilde;es que temos realizado, a CBF, e tamb&eacute;m pra estarmos preparados pra receber Copa do Mundo em 2027&quot;, disse Rodrigues. 
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Este &eacute; o primeiro encontro do presidente da CBF com Lula desde o in&iacute;cio da crise na institui&ccedil;&atilde;o, no final do ano passado, como mostrou o Painel. 
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Na ocasi&atilde;o, Ednaldo chegou a ser afastado do comando da confedera&ccedil;&atilde;o por decis&atilde;o judicial, mas retornou em janeiro por decis&atilde;o do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). 
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A decis&atilde;o de Gilmar ainda precisar&aacute; ser apreciada pelo plen&aacute;rio do STF. O argumento do ministro foi que o afastamento do dirigente poderia azedar as rela&ccedil;&otilde;es da Fifa com o Brasil. 
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Na &eacute;poca, o governo Lula, por meio da AGU (Advocacia Geral da Uni&atilde;o), apoiou o retorno de Ednaldo ao cargo. 
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Al&eacute;m do Brasil, concorrem outros dois grupos a sede da Copa: um formado por EUA e M&eacute;xico e outro por Alemanha, B&eacute;lgica e Holanda. A decis&atilde;o ser&aacute; anunciada em maio. 
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Os representantes da Fifa vistoriam quatro dos dez est&aacute;dios que poder&atilde;o sediar os jogos em 2027. Nesta quarta, estiveram no Man&eacute; Garrincha, em Bras&iacute;lia, ontem no Rio de Janeiro, amanh&atilde; em Salvador e sexta, em Recife. 
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No dia 14 de maio, no congresso da Fifa na Tail&acirc;ndia, ser&aacute; anunciado o pa&iacute;s vencedor.

Olga Carmona foi a grande hero&iacute;na do t&iacute;tulo da Espanha na Copa do Mundo feminina, em vit&oacute;ria por 1 a 0 neste domingo (20) sobre a Inglaterra na final. 
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A Espanha tem muitas craques do meio para a frente, mas quem garantiu o t&iacute;tulo in&eacute;dito da Copa foi a lateral-esquerda Olga Carmona. A defensora de 23 anos fez o gol decisivo da final, com belo chute cruzado no cantinho, aos 28 minutos da primeira etapa. Ela j&aacute; ido &agrave;s redes na semifinal, garantindo a vit&oacute;ria espanhola sobre a Su&eacute;cia. 
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Apesar de jovem, Carmona foi capit&atilde; da Espanha na campanha e teve a honra de levantar a t&atilde;o almejada ta&ccedil;a do Mundial. 
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Em sua comemora&ccedil;&atilde;o, Carmona dedicou o gol &agrave; m&atilde;e de sua melhor amiga e tamb&eacute;m aproveitou para homenagear sua antiga escola, o Col&eacute;gio Mercedes. 
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Mais sobre Olga Carmona 
Olga Carmona tem 23 anos e iniciou sua carreira em 2017 no Sevilla, da Espanha. Ap&oacute;s tr&ecirc;s temporadas, Carmona acertou com o Real Madrid, seu clube atual. Desde 2020 no clube merengue, a lateral soma mais de 80 partidas e j&aacute; balan&ccedil;ou as redes 10 vezes.

Com a liberdade de quem n&atilde;o tinha nada a perder, o t&eacute;cnico franc&ecirc;s Reynald Pedros deu de ombros com a pergunta de como encararia o desafio de se classificar no Mundial feminino. 
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&quot;Voc&ecirc; sempre tem de levar em conta a possibilidade de uma m&aacute;gica na Copa&quot;, respondeu. 
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O Marrocos, sua equipe, estreante no torneio, havia perdido por 6 a 0 na primeira rodada diante da bicampe&atilde; Alemanha, uma das favoritas a um novo t&iacute;tulo.&nbsp;Pouco mais de uma semana depois, as marroquinas se classificaram para as oitavas de final, nesta quinta-feira (3), ao derrotar a Col&ocirc;mbia por 1 a 0. As alem&atilde;s, por empatarem em 1 a 1 com a Coreia do Sul, ficaram pelo caminho. 
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Poucos minutos ap&oacute;s a elimina&ccedil;&atilde;o brasileira contra a Jamaica, Marta constatou que h&aacute; uma nova ordem no futebol feminino. 
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&quot;As coisas n&atilde;o acontecem de um dia para o outro. A gente est&aacute; vendo aqui sele&ccedil;&otilde;es que vinham para a Copa do Mundo e tomavam de sete, oito, dez, hoje jogam igual para igual com as grandes. Isso mostra que o futebol feminino est&aacute; crescendo, isso mostra que o futebol feminino &eacute; um produto que d&aacute; lucro, que d&aacute; prazer de assistir&quot;, discursou a camisa 10 que, aos 37 anos, disputou seu &uacute;ltimo Mundial. 
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O torneio sediado por Austr&aacute;lia e Nova Zel&acirc;ndia est&aacute; aberto a surpresas. Na final est&aacute; garantida uma equipe que jamais chegou t&atilde;o longe. 
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Na configura&ccedil;&atilde;o das fases eliminat&oacute;rias, todas as sele&ccedil;&otilde;es campe&atilde;s no passado est&atilde;o em um lado da chave: Jap&atilde;o (vencedor em 2011) enfrenta a Noruega (1995). Quem passar, vai pegar nas quartas Estados Unidos (1991, 1999, 2015 e 2019) ou Su&eacute;cia (segunda em 2003). 
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A partida entre norueguesas e japonesas ser&aacute; a segunda vez que duas ex-ganhadoras jogam na primeira fase eliminat&oacute;ria do torneio. N&atilde;o acontece desde 2003, quando a mesma Noruega teve pela frente os Estados Unidos. 
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Entre os times que no passado chegaram &agrave; decis&atilde;o, a Holanda (vice em 2019) ter&aacute; pela frente a &Aacute;frica do Sul. O advers&aacute;rio seguinte ser&aacute; Espanha ou Su&iacute;&ccedil;a. 
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&Eacute; oportunidade para Inglaterra, Nig&eacute;ria, Austr&aacute;lia, Dinamarca, Fran&ccedil;a, Marrocos, Col&ocirc;mbia e Jamaica, que est&atilde;o do outro lado da chave e nunca foram finalistas. 
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&quot;Em 2019 [quando disputaram a primeira vez o torneio], n&atilde;o esper&aacute;vamos estar na Copa do Mundo. A sele&ccedil;&atilde;o era nova e foi um susto chegar l&aacute;. &Eacute;ramos muito jovens e est&aacute;vamos felizes. Agora n&atilde;o pensamos que &iacute;amos apenas vir aqui e tudo bem. Desde o primeiro dia o pensamento era a classifica&ccedil;&atilde;o no grupo, por mais que nos dissessem ser imposs&iacute;vel&quot;, discursou Lorne Donaldson, treinador da Jamaica. 
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A sele&ccedil;&atilde;o, que conta com vaquinhas virtuais para preencher lacunas deixadas pela falta de apoio da federa&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, n&atilde;o sofreu gol em nenhuma das tr&ecirc;s partidas da fase de grupos. O empate em 0 a 0 com o Brasil o levou para o mata-mata em sua segunda participa&ccedil;&atilde;o na competi&ccedil;&atilde;o. 
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A Jamaica passou de perder seus tr&ecirc;s jogos em 2019 a ser uma das surpresas do Mundial. 
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Em uma Copa que muda o cen&aacute;rio do futebol feminino, as tr&ecirc;s equipes africanas se classificaram. Entre as sul-americanas, Brasil e Argentina (as &uacute;nicas a terem conquistado t&iacute;tulo da Copa Am&eacute;rica) voltaram para casa mais cedo. Apenas a Col&ocirc;mbia obteve a vaga. 
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&quot;Elas j&aacute; mostraram que nada pode det&ecirc;-las se colocarem na cabe&ccedil;a que &eacute; poss&iacute;vel e jogarem umas pelas outras&quot;, disse a t&eacute;cnica sul-africana Desire Ellis diante da perspectiva de jogar contra a Holanda. 
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As zebras foram &agrave;s oitavas deixando para tr&aacute;s advers&aacute;rias que, antes de chegarem &agrave; Austr&aacute;lia e Nova Zel&acirc;ndia, estavam entre as candidatas a ficarem com o trof&eacute;u ou eram consideradas mais tradicionais. A Nig&eacute;ria avan&ccedil;ou e eliminou o Canad&aacute;, campe&atilde;o ol&iacute;mpico em 2021. A Jamaica fez o Brasil deixar a competi&ccedil;&atilde;o. Marrocos ficou &agrave; frente da Alemanha, e a &Aacute;frica do Sul eliminou a It&aacute;lia. 
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Mesmo algumas que n&atilde;o passaram pela fase inicial tiveram muito o que celebrar. O Panam&aacute;, que jamais havia atuado no Mundial mas marcou tr&ecirc;s gols na Fran&ccedil;a. 
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&quot;Eu queria que minha m&atilde;e estivesse aqui porque o maior sonho dela era ver a filha jogando uma Copa do Mundo&quot;, disse a meia panamenha Marta Cox, autora de um gola&ccedil;o de falta contra as europeias. 
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Assim como aconteceu com o masculino, o feminino tamb&eacute;m viu aumento no n&uacute;mero de sele&ccedil;&otilde;es. No primeiro torneio, em 1991, foram 12. Neste ano, pela primeira vez s&atilde;o 32. 
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H&aacute; 22 anos, 62% das equipes que foram &agrave;s fases eliminat&oacute;ria (na &eacute;poca, as quartas de final), eram europeias. Neste ano, com 16 classificadas para as oitavas, 50% s&atilde;o do Velho Continente. 
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A porcentagem por regi&atilde;o n&atilde;o mudou de maneira significativa em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s &uacute;ltimas Copas a n&atilde;o ser nos africanos, que jamais haviam colocado tr&ecirc;s sele&ccedil;&otilde;es no mata-mata (veja lista abaixo). A rela&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as sofreu altera&ccedil;&atilde;o nos pa&iacute;ses que avan&ccedil;aram. 
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Quando a Am&eacute;rica do Sul, por exemplo, teve sele&ccedil;&otilde;es nas fases eliminat&oacute;ria, quase nunca foi mais de uma (a exce&ccedil;&atilde;o aconteceu em 2015) e sempre era o Brasil. Isso mudou agora. Quem avan&ccedil;ou foi a Col&ocirc;mbia. 
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Desde a expans&atilde;o no n&uacute;mero de times e a cria&ccedil;&atilde;o das oitavas de final, em 2015, a Concacaf (que re&uacute;ne Am&eacute;rica do Norte, Central e Caribe) teve duas classificadas. Costumavam ser Estados Unidos e Canad&aacute;. Desta vez as jamaicanas se juntam &agrave;s norte-americanas. 
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CLASSIFICADAS PARA AS FASES ELIMINAT&Oacute;RIAS DA COPA POR CONTINENTE 
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1991 &ndash; 8 pa&iacute;ses

Europa: 5 
&Aacute;sia: 2 
Concacaf: 1 
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1995 - 8 
Europa: 5 
&Aacute;sia: 2 
Concacaf: 1 
 
1999 &ndash; 8 
Europa: 4 
&Aacute;sia: 1 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
&Aacute;frica: 1 
Concacaf: 1 
&nbsp;

2003 - 8 
Europa: 4 
Concacaf: 2 
&Aacute;sia: 1 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
&nbsp;

2007 - 8 
Europa: 3 
&Aacute;sia: 2 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
Am&eacute;rica do Norte/Central: 1 
Oceania: 1 
&nbsp;

2011 - 8 
Europa: 4 
&Aacute;sia: 1 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
Concacaf : 1 
Oceania: 1 
&nbsp;

2015 - 16 sele&ccedil;&otilde;es 
Europa: 7 
&Aacute;sia: 3 
Am&eacute;rica do Sul: 2 
Concacaf: 2 
&Aacute;frica: 1 
Oceania: 1 
&nbsp;

2019 - 16 
Europa: 8 
&Aacute;sia: 2 
&Aacute;frica: 2 
Concacaf: 2 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
Oceania: 1 
&nbsp;

2023 - 16 
Europa: 8 
&Aacute;frica: 3 
&Aacute;sia: 1 
Concacaf: 2 
Am&eacute;rica do Sul: 1 
Oceania: 1

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