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Para evitar exploração de 'calo', Bruno Reis passa a ter mulheres como opção para vice

Por Fernando Duarte

Para evitar exploração de 'calo', Bruno Reis passa a ter mulheres como opção para vice
Foto: Montagem/ Bahia Notícias

A menos que apareça uma nova surpresa, a lista de potenciais vices de Bruno Reis (DEM) na candidatura dele a prefeito de Salvador parece estar fechada. O grupo liderado por ACM Neto definiu publicamente ontem que duas mulheres entraram oficialmente nessa corrida: Ana Paula Matos (PDT) e Ivete Sacramento (Republicanos). A primeira já tinha o nome ventilado desde que a filiação ao PDT veio a público. Já a segunda foi uma novidade de última hora, pois, até então, o nome da ex-reitora da Uneb não tinha sido citado como opção séria.

 

O surgimento de duas mulheres nessa lista é também uma reação a um aspecto que promete ser explorado pela oposição à administração de ACM Neto. Dos nomes citados como potenciais candidatos na base do governador Rui Costa, a maioria é formada por mulheres: Major Denice (PT), Olívia Santana (PCdoB), Lídice da Mata (PSB) e Eleusa Coronel (PSD). Denice e Olívia têm a vantagem extra de terem lugar de fala para explorar também a questão da negritude sem qualquer tipo de ressalva. Para evitar o “calo” da ausência de uma mulher ou de um negro na chapa, Bruno Reis ganha duas opções relevantes.

 

Completam a relação de potenciais candidatos a vice ao menos três nomes: Irmão Lázaro (PL), Geraldo Jr. (MDB) e Manassés (Republicanos). Desses, apenas Irmão Lázaro teria o trunfo de trazer uma legenda da base aliada de Rui para o lado de ACM Neto – apesar do PL estar com um pé na prefeitura há muito tempo. Os dois últimos poderiam até agregar musculatura política, mas estariam longe de abrir frentes de diálogo que devem ser atacadas pelos adversários.

 

Geraldo Jr., inclusive, vai insistir na prelazia pela vaga de vice, porém está distante de obter esse posto. Ao se filiar ao MDB, cuja lembrança das malas de R$ 51 milhões está vívida, ele diminuiu as chances de ser indicado. Isso é somado ao fato de criar ambientes de instabilidade para a base de ACM Neto sem, necessariamente, ter o respaldo político que julgava ter. Assim, o presidente da Câmara deve se contentar com o aval para tentar continuar à frente do Legislativo no próximo biênio.

 

Manassés, ao se filiar ao Republicanos, seria uma opção viável se não tivesse uma volatilidade tão grande. Depois de flertar com todos os lados da política baiana, veio como um nome de fora da Igreja Universal do Reino de Deus para tentar se viabilizar para a vice. Além de conversar com um projeto social similar ao de Sargento Isidório, que tende a ser explorado na eleição. Num embate direto com Ivete Sacramento, porém, a ex-secretária de Reparação leva uma boa vantagem.

 

Agora, as articulações e as sondagens qualitativas serão decisivas para definir quem vai estar com a foto reduzida nas urnas, ao lado de Bruno Reis. Não dá para apostar em um único nome, mas até aqui eu investiria as fichas nas duas mulheres que deixaram o primeiro escalão ontem.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (5) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios A Tarde FM, Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Alternativa FM Nazaré e Candeias FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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