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Marca Bahia Notícias

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Nem os aliados se esforçaram para dissociar Roma e ACM Neto

Por Fernando Duarte

Nem os aliados se esforçaram para dissociar Roma e ACM Neto
Foto: Reprodução/ Facebook

A poeira baixou, porém a nomeação de João Roma para o Ministério da Cidadania segue sendo associada a uma articulação do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Os adversários do presidente nacional do DEM não vão deixar que o assunto caia no esquecimento, mesmo que o dirigente tenha mergulhado em silêncio. No entanto, quando a “tropa de choque” da defesa do ex-prefeito deveria ser usada para defendê-lo, ninguém o fez. Sinais de que é melhor comprar briga com ACM Neto do que com um ministro.

 

Dos nomes mais representativos da oposição, apenas Bruno Reis, Arthur Maia e Alan Sanches fizeram manifestações mais explícitas para tentar reduzir a associação da nomeação de Roma ao seu padrinho eleitoral. O deputado estadual, inclusive, foi o único a falar publicamente de rompimento político com o agora ministro. Agora na Esplanada dos Ministérios, o pernambucano pode destravar projetos, ainda que o orçamento da própria pasta seja um dos menos atrativos do primeiro escalão federal. Somente Sanches pareceu arriscar um embate.

 

Esse silêncio dos aliados reforça o argumento de que a chegada de Roma no governo Bolsonaro foi um jogo combinado, ainda que alguns apadrinhados do deputado federal tenham sido derrubados na prefeitura de Salvador - Luiz Galvão foi o mais notório, porém outros nomes correram para se garantir nos cargos. Se esse discurso vai “colar” em ACM Neto e se pode causar impacto eleitoral em 2022 são alguns dos aspectos que ainda são difíceis de prever.

 

Em outros tempos, o ex-prefeito estaria cercado dos “camisas pretas”, dispostos a levantar a bandeira de que a chegada de um Menudo a um ministério pode até parecer uma indicação de ACM Neto, mas que teria partido única e exclusivamente do Republicanos. É um esforço monumental fingir que não houve qualquer influência do ex-prefeito na ascensão meteórica do ex-chefe de gabinete. Por isso, os adversários vão usar e abusar do argumento até que o assunto acabe esgotado - possivelmente no período eleitoral de 2022.

 

Nesse momento, não cabe a ACM Neto fazer a própria defesa. O entourage deveria se responsabilizar por isso. Porém, ao que parece, a síndrome do café frio também pegou um forte cacique político da Bahia, restando apenas gatos pingados engrossando o coro para desassociá-lo de Roma. Rei morto, rei posto? Só o tempo para confirmar.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (19) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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