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Presidência da UPB deve movimentar negociações políticas

Por Fernando Duarte

Presidência da UPB deve movimentar negociações políticas
Foto: Divulgação

Outra disputa que deve movimentar o mundo político da Bahia nas próximas semanas é a eleição para a presidência da UPB, entidade que reúne os prefeitos dos 417 municípios. Após dois períodos sob a tutela de Eures Ribeiro (PSD), parece haver uma sinalização de que o comando do “sindicato” não deve continuar com os socialdemocratas. Porém não há uma clareza muito grande sobre quem estaria como favorito nesse embate.

 

A campanha, todavia, já está escancarada. Nomes como Adriano Lima (PP), de Serrinha, estão com presença marcante com outdoors pelo interior da Bahia. Reeleito, ele conquistou o apoio do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e abriu margem para angariar votos dos partidos de oposição ao grupo político do governador Rui Costa. Mesmo que o gestor da capital tenha direito apenas ao próprio voto, a ascendência do entorno dele pode significar uma boa largada. Adriano precisa ainda pacificar o próprio PP, que também tem outros nomes na corrida - quando esteve no Bahia Notícias, ainda no final de 2020, o progressista citou mais seis potenciais correligionários que poderiam ser candidatos.

 

O fato da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ter gerado um revés para o PP, que tentou até o último instante mantê-la, é um ponto favorável para que um prefeito da sigla ganhe a UPB. A entidade entrou na conta do equilíbrio de forças há algumas gestões e é uma espécie de prêmio de consolação para quem ficou de fora da divisão dos principais postos de nível estadual. Então, é um plus na campanha de qualquer gestor filiado à legenda que saiu “derrotada” na disputa pela AL-BA.

 

Outro nome que tenta despontar é a ex-secretária de Relações Institucionais de Rui, a prefeita de Rafael Jambeiro, Cibele Carvalho (PT). Ela quer dissociar a corrida pela UPB de um embate partidário, mas dificilmente alguém vai levar a cabo essa interpretação. É uma estratégia para não ficar umbilicalmente ligada ao governo e ao PT, mesmo tendo ficado na coxia da governadoria até o limite de desincompatibilização. Como a função dela foi estratégica, talvez isso funcione para convencer prefeitos que ela atendeu enquanto secretária, mas avançar além disso não é tão simples quanto parece.

 

Com eleição marcada para o começo de março, as próximas semanas serão decisivas para o afunilamento de candidaturas. As duas citadas foram as que investiram mais recursos até aqui e podem nem chegar até a reta final da corrida para ser presidente do “sindicato dos prefeitos”. Porém é sempre de bom tom ficar acompanhando os próximos passos de quem pode se tornar o porta-voz de outros 416 representantes eleitos pela população.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (22) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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