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Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Por Eduarda Pinto

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

João Roma, Márcio Marinho, Zé Cocá e Angelo Coronel. Estes foram os nomes citados pelo deputado federal Léo Prates como possíveis componentes da “chapa ideal” para a campanha da oposição em 2026. Aliado de longa data do ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, ACM Neto (União), o parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

 

Questionado sobre o que teria mudado na estratégia do grupo, Léo Prates defende que a saturação com o Partido dos Trabalhadores na Bahia e na própria figura de Lula, são uns dos principais pontos positivos para o seu grupo político no ano que vem: “Você tem que lembrar que são mais quatro anos do mesmo grupo político liderando a Bahia, são 20 anos ao total, então isso desgasta. Tem toda uma geração que não viu outro modelo de se governar. E depois, o que muda é que você tem hoje um desgaste natural também nacional, do próprio Partido dos Trabalhadores”, diz o deputado federal. 

 

O legislador faz uma comparação com os mandatos anteriores do PT no Brasil e na Bahia: “Antes não se via nenhum tipo de crítica a nenhum membro do Partido dos Trabalhadores a nível nacional. Porque é inegável que o Lula 1 e o Lula 2 [dois primeiros mandatos do presidente Lula entre 2003 a 2010] trouxe avanços inclusive na questão social, eu não posso desconhecer isso, mas hoje é inegável também que a população cobra o sarrafo cada vez mais alto. As necessidades são cada vez mais altas e eu acho que, nesse momento, os governos que aí estão não estão respondendo ao que a população necessita”, completa. 

 

E é com essa perspectiva que a chapa da oposição, liderada por ACM Neto, deve organizar a chapa para a próxima disputa eleitoral. Questionado sobre os nomes avaliados para compor o grupo, o deputado Léo Prates deu sugestões. 

 

“Volto aqui a dizer, eu não conversei com ninguém, estou externando a minha opinião. Então, eu entendo que ACM Neto é o único nome viável das oposições para se ganhar as eleições no ano que vem”, defende. “Estadualizar o nome de um candidato em 45 dias, num estado que é maior do que muitos países, é muito complicado. ACM Neto já foi candidato, carrega uma marca forte, já tem um nome estadualizado depois dos seus primeiros 45 dias [da campanha de 2022], então um grande cartão de visita, porque ele foi um dos grandes prefeitos da história de Salvador, e isso marca, com certeza.”, descreve o deputado. 

 

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No entanto, para 2026, as chapas majoritárias serão compostas por uma vaga para o governo estadual, uma para vice-governo e duas para o Senado, além dos deputados federais e estaduais. Defensor da estratégia de agregar segmentos da sociedade civil na disputa, para além dos partidos políticos, o gestor afirma que “deve-se haver uma união entre todas as oposições, diferente da eleição passada [em que o PL tinha um candidato próprio] devemos estabelecer um BaVi [alusão ao clássico do futebol baiano, entre Bahia e Vitória] para colocação com mais clareza das ideias, para que o povo veja com esses dois candidatos qual ele entende ser o melhor, eu falo do nosso campo porque você provavelmente vai ter uma candidatura de um companheiro do PSOL”, completa. 

 

Pensando nessa unificação, Léo Prates defende a união com o PL e o Republicanos, com João Roma e Márcio Marinho como candidatos da oposição ao Senado Federal. “Eu tô falando com muito cuidado, mas entendo que o melhor nome para o Senado que a ACM Neto poderia contar, disparado, é o ex-ministro João Roma. Unificaria o campo da centro-direita, a gente entraria em melhores condições”, ressalta. 

 

Já o nome republicano de Marinho, seria um aceno aos conservadores baianos da religião evangélica. “Eu acredito que o Márcio Marinho, para senador, seria um belíssimo nome. É um cara que fala, como eu lhe disse, com seguimento conservador, me refiro mais às igrejas evangélicas, e ele poderia dar um push em ACM Neto”, explica. 

 

Ainda pensando no Senado, Léo Prates destaca um nome já bem conhecido no Congresso: “Eu gostaria que o Senador Coronel tivesse aqui no campo de ACM Neto, mas essa é uma decisão dele”, revela. Filiado ao PSD, grupo aliado do governo de Jerônimo Rodrigues, o atual senador Angelo Coronel é uma das peças centrais no quebra-cabeças do governo para a montagem da chapa em 2026. Em um cenário onde o PT sugere ir às urnas com uma chapa “puro-sangue”, composta por Jerônimo Rodrigues, Rui Costa e Jaques Wagner, Coronel já demonstrou insatisfação com a configuração. 

 

Falando em atrair o senador, o deputado endossa: “Eu tenho uma profunda admiração por ele, me ajudou muito na Comissão de Orçamento, no ano passado”, relata. “Eu não sei se ele quer, não quero prejudicar, volto a dizer, é só uma opinião para a ACM Neto ganhar as eleições. Coronel já tem o mandato de senador, já tem o nome estadualizado”, completa. 

 

Por fim, considerando que ele mesmo foi ventilado como possível candidato a vice-governador ao lado de ACM, Léo Prates deu uma última sugestão para finalizar a chapa “ideal” de ACM Neto. “Veja, quem forma a chapa é ACM Neto e Bruno Reis, mas eu gostaria de ver o prefeito Zé Cocá (PP) [de Jequié] como vice, porque eu acho que ele traria muito da imagem do interior”, afirma. 

 

Confira a entrevista completa com o deputado federal Léo Prates no YouTube no Bahia Notícias: