Silvio Humberto aponta ausência de debate “propositivo” na gestão municipal
Destacando a posição de líder da oposição, o vereador reeleito de Salvador, Silvio Humberto, definiu que um dos problemas dos problemas da atual configuração política do município é a ausência de debate “propositivo”. Em entrevista ao Bahia Notícias, o legislador defende que apesar da relevância dos diversos temas a serem discutidos na Câmara Municipal de Salvador, a “perspectiva de debate” é rasa, seja no Legislativo ou Executivo.
“É preciso pensar para onde a cidade vai e eu sinto que há uma confusão. Há sempre uma ideia de um planejamento reativo, em que você confunde o dia seguinte com o dia de amanhã. Eu tenho repetido isso, que o dia seguinte de uma terça normalmente é quarta, mas o ‘amanhã’ a gente está discutindo perspectiva e eu não sinto uma discussão profunda, com causa, com consequência, com densidade, sobre os destinos da nossa cidade”, explica.
Ao citar essa ausência de perspectivas, Humberto recita as votações previstas para os próximos encontros na CMS até o início do ano que vem.
“Esse ano, nós temos, já para terça-feira, a votação do empréstimo para a compra de ônibus elétricos na cidade, nós vamos debater isso. Nós temos o PDDU, que é para o ano que vem, mas tem a Lei Orçamentária Anual, que está previsto esse aumento do IPTU, que pode chegar a 12% da inflação e isso é muito preocupante”, aponta. “Quando eu penso na perspectiva porque ano que vem tem PDDU, o PPA, são questões que vão ter que ter que discutir porque é preciso pensar para onde a cidade vai”, afirma.
Para o vereador, o sistema de métricas utilizado para medir o sucesso da gestão, não é suficiente, especialmente quando se trata da medida de comparação com a gestão estadual.
“O que é que nós vamos fazer com a educação? Vai ser sempre essa corrida olímpica entre o IDEB do Estado versus o IDEB do município? Não vai ter uma discussão que procure estabelecer uma discussão sistemática, de modo a garantir que Salvador dê um salto de qualidade na educação? O mesmo se entende para a saúde, o mesmo se estendendo para a discussão de geração de emprego e renda?”, questiona Silvio.
Confira o trecho: