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Entrevista

Lídice prevê dificuldades, mas aposta em crescimento do PSB na Bahia em 2024: “Esforço será recompensado”

Por Anderson Ramos

Lídice prevê dificuldades, mas aposta em crescimento do PSB na Bahia em 2024: “Esforço será recompensado”
Foto: Paulo Victor Nadas / Bahia Notícias

Recém-alçada à condição de vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Lídice da Mata (PSB) disse ao Bahia Notícias que encara a nova missão com “coragem” e “alegria”. Para ela, o trabalho que o governo Lula 3 tem feito está valendo a pena, apesar dos desafios que deve enfrentar ao longo do mandato. 

 

“Eu creio que o governo de Lula, em 2023, tem muitas razões de comemoração, de avanços, de reconstrução. Então, nós reconstruímos na área da saúde, nós reconstruímos política pública na área de educação, nós reconstruímos na área da cultura, especialmente. E é claro que isso não quer dizer que todos os problemas estão resolvidos ou que todos os recursos estão sendo atendidos. É dizer que o passo da reconstrução está iniciado, está dado, e que nós vamos tratar agora de pôr para funcionar e avançar”, disse em entrevista ao BN. 

 

Sobre as eleições de 2024, a parlamentar projetou crescimento do PSB, partido o qual ela é presidente na Bahia, contornando as dificuldades que serão enfrentadas pela sigla.

 

“Na última eleição de 2020 nós tivemos 80 candidaturas e elegemos 30. Eu acho que foi um bom desempenho. Esse ano nós devemos passar de 100 candidatos e vamos, certamente, também passar de 30 prefeitos. Então eu acho que o partido está se fortalecendo de maneira coletiva. É uma participação de todos os nossos prefeitos que estão ajudando trazendo outros prefeitos, trazendo outras lideranças, como Andaraí e Irecê… não vou nem nominar, porque todos estão fazendo esse esforço. Os nossos deputados estaduais, tanto Fabiola Mansur, como Angelo Almeida, quando Soane Galvão, trazendo lideranças para a disputa, assim como outros militantes do partido. Acredito que este esforço será recompensado com um número maior de prefeitos”, avaliou. 

 

Lídice também comentou sobre as eleições em Salvador e afirmou que o partido mantém o nome de Silvio Humberto como postulante a vice na chapa que será encabeçada por Geraldo Júnior (MDB). Confira a entrevista na íntegra.

 

Lula agora é vice-líder do governo Lula na Câmara | Foto: Divulgação

 

A senhora foi recentemente alçada vice-líder do governo na Câmara. Como encara esse novo desafio? 

Eu encaro com coragem, com alegria, porque é um governo que nós temos orgulho de ter trazido de volta para o Brasil e que está realmente valendo a pena para aqueles que acreditam num Brasil desenvolvido com inclusão social. Então, eu creio que o governo de Lula, em 2023, tem muitas razões de comemoração, de avanços, de reconstrução. Então, nós reconstruímos na área da saúde, nós reconstruímos política pública na área de educação, nós reconstruímos na área da cultura, especialmente. E é claro que isso não quer dizer que todos os problemas estão resolvidos ou que todos os recursos estão atendidos. É dizer que o passo da reconstrução está iniciado, está dado, e que nós vamos tratar agora de pôr para funcionar e avançar. Nós temos tarefas importantes nesse período agora, é um período de seis meses praticamente, esse ano, porque logo depois vem a eleição municipal, mas que tem coisas fundamentais. O governo lançou um plano nacional da nova industrialização, que recoloca o desafio de reindustrializar o Brasil de nova forma, com novo formato, das novas tecnologias, inovações que incidem sobre o novo tipo de empresa, e tem um desafio que o PSB tem, mas que também a Câmara tem, que é de fazer um marco legal, uma nova discussão sobre o fomento da micro e pequena empresa, e isso eu acho que nesse tempo inicial dá para a gente fazer esse ano. 

 

Como a senhora me falou, esse ano deve ser o ano mais curto por conta das eleições. Acredita que as discussões que precisam ser feitas na Câmara enfrentarão muitas dificuldades? 

Sim, sem dúvida. Na Câmara nada sai como entra, seja do governo, do Poder Executivo, seja do Poder Legislativo. Então, os projetos do governo passarão por debate e modificação. O Senado, por exemplo, inicia uma discussão que eu acho muito importante, mas ao mesmo tempo muito complexa, que é a ideia de um código eleitoral com mudanças estruturais no processo eleitoral. Acho muito difícil que a gente possa aprovar neste primeiro semestre, mas acho que é uma discussão que a Câmara não pode se negar, especialmente no que diz respeito a participação das mulheres no processo eleitoral. 

 

A presidência da Câmara já está em pauta. O PSB já pode adiantar algum posicionamento?

Não, não, de jeito nenhum. O posicionamento do PSB tem que se dar mais tarde, quando estiver mais próximo do processo eleitoral. Ela está numa pauta, mas numa pauta, digamos assim, que não é a pauta da Câmara. A pauta da Câmara tem que ser conduzida por Arthur Lira que é presidente até o final, e que acho que se a gente adianta essa discussão de substituição, a gente está enfraquecendo quem está na cadeira. E quem está na cadeira é importante para o governo, para que o governo possa aprovar suas matérias, possa conduzir a Câmara a uma unidade maior, a saída dos ataques sem regras entre oposição e governo. Então tudo isso é fundamental que ocorra sob a liderança de quem está sentado na cadeira nesse momento, que é a Arthur Lira. 

 

Como é que anda a Federação PSB-PDT? Alguma projeção de quando pode acontecer?

 A Federação PSB-PDT para esse ano não é possível, mas nós no PSB já aprovamos que ela pudesse acontecer até agora nesse ano, porém o PDT teve dificuldade de aprovar essa ideia, mas continuamos discutindo. O PDT tem muita identidade com o PSB e vice-versa. Os nossos presidentes continuam debatendo a questão. Nós não estamos discutindo uma fusão, estamos discutindo a formação de uma federação eleitoral e temos a expectativa, inclusive, de que outros partidos possam participar. 

 

Falando da eleição de Salvador, o PSB vai continuar pleiteando a vice de Geraldo Júnior? 

Eu digo sempre que vice não tem candidato. A vice é o resultado de um candidato para identificar alguém. Que possa ajudar mais na sua chapa, possa complementar mais as suas próprias características, etc. E que, enfim, isso signifique produzir mais votos. Então, nós temos um nome, um nome que achamos que atende a esse conceito, porque Sílvio Humberto é um político da cidade, um político que toda vez que se candidata, por exemplo, a deputado estadual ou a deputado federal, tem uma boa votação dentro da cidade de Salvador e que tem uma representação indiscutível de ser um dos principais líderes da luta antirracista na cidade. E em sendo assim, podia se tratar de qualquer outro município, já teria importância. Mas se tratando de Salvador, que é a cidade mais negra fora do continente africano, eu vejo nisso uma conexão total. 

 

Para além dessa discussão da vice, qual a expectativa que a senhora tem para o PSB nas eleições na Bahia? 

Na última eleição de 2020 nós tivemos 80 candidaturas e elegemos 30. Eu acho que foi um bom desempenho. Esse ano nós devemos passar de 100 candidatos e vamos, certamente, também passar de 30 prefeitos. Então eu acho que o partido está se fortalecendo de maneira coletiva. É uma participação de todos os nossos prefeitos que estão ajudando trazendo outros prefeitos, trazendo outras lideranças, como Andaraí e Irecê… não vou nem nominar, porque todos estão fazendo esse esforço. Os nossos deputados estaduais, tanto Fabiola Mansur, como Angelo Almeida, quando Soane Galvão, trazendo lideranças para a disputa, assim como outros militantes do partido. Acredito que este esforço será recompensado com um número maior de prefeitos.