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Entrevista

'O grupo entendendo, irei para a reeleição', diz Adolfo Menezes sobre permanência na AL-BA - 30/05/2022

Por Bruno Leite / Mauricio Leiro

'O grupo entendendo, irei para a reeleição', diz Adolfo Menezes sobre permanência na AL-BA - 30/05/2022
Foto: Jeferson Peixoto / Ag Haack / Bahia Notícias

À frente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) apontou que deseja permanecer na presidência, caso seja reeleito ao legislativo estadual. O presidente da AL-BA revelou que, caso o grupo o apoie, existe vontade em permanecer no posto. 

 

"Isso vai depender do grupo, ninguém faz política sozinho. Temos uma eleição de governador, espero ser reeleito. O grupo entendendo irei para a reeleição. Tenho que trabalhar com o mandato que fui eleito. Mas vamos tratar disso na hora certa, lá depois de novembro", revelou em entrevista ao BN.

 

Com atividades paralisadas recentemente, a AL-BA retornou ao trabalho. De acordo com Adolfo, mesmo com a redução nas atividades, a Casa não deixou de fazer o seu papel. "A Assembleia vai continuar trabalhando normalmente, como durante a pandemia, que assolou o mundo, e ainda assola mas com uma proporção muito menor. Nós não deixamos de fazer o nosso papel. Tudo foi aprovado e chegou aqui a Casa, agora natural que alguns projetos, que tenham mais dificuldade de ser aprovado porque aqui todo mundo é livre", disse.

 

Confira a entrevista na íntegra aqui:

 

Deputado, tivemos as atividades na AL-BA paralisadas há algumas semanas, sem atividades legislativas. Qual deve ser o saldo de produção da Casa neste ano?

Olha, eu acredito que vocês conhecem aqui o parlamento, é natural. No ano das eleições,nós estamos a quatro meses e pouco das eleições, os ânimos se acirram. É natural. Todos os deputados entraram em campanha. Mas a Assembleia vai continuar trabalhando normalmente, como durante a pandemia, que assolou o mundo, e ainda assola mas com uma proporção muito menor. Nós não deixamos de fazer o nosso papel. Tudo foi aprovado e chegou aqui a casa, agora natural que alguns projetos, que tenham mais dificuldade de ser aprovados porque aqui todo mundo é livre pra defender as suas ideias. Então tem alguns deputados que acham que não deve ser votado. Então por isso que às vezes tem problemas, não pôr os deputados não querer trabalhar. O próprio processo do Poder Legislativo é natural. Então parou por quinze dias, vinte dias que nós tínhamos aí um projeto enviado pelo executivo das pessoas do militares e um deputado, que está dentro do direito dele, o soldado Prisco ajuizou e o Poder Judiciário concedeu a liminar. Então isso aí atrasou quinze dias. O governo também diminuiu a quantidade de projetos até agora, porque isso vai depender muito do período. Pode ter diminuído esse mês, aumentando no mês seguinte. Mas os deputados continuam fazendo como sempre fizeram o seu papel. Agora pelo processo legislativo é natural que às vezes interrompe um período não pelos deputados não quererem votar, mas pelo próprio regimento da casa. Então, na medida que o desembargador deu a liminar, o nosso jurídico entrou com o pedido para derrubar e não teve resposta, o governador tirou o projeto. Tanto é que na semana anterior nós já começamos a votar.

Foto: AL-BA

 

Uma das principais mudanças neste ano foi a migração do PP para a bancada de oposição, após anos como aliado do governo. Qual o impacto na condução da Casa e nos projetos governistas?

Sim, claro que antes o governo tinha quarenta e seis deputados quando eram necessários trinta e dois, tinha uma folga muito grande para aprovar qualquer projeto. Com a ida do PP para a base do ex-prefeito, é claro que a paridade ficou maior. Então o governo hoje vai ter três ou quatro deputados a mais, mas isso fez com que todos os deputados da base do governo, sabedores que são, que se ele faltar em uma votação o governo pode perder a votação. Então acaba todo mundo, vamos dizer se esforçando mais, para estar presente ou de forma virtual como ele deve estar mista as sessões, participar das sessões.

 

Outro tema que perdeu força na AL-BA foram as CPIs, tanto a da Coelba e a dos respiradores. De fato ambas foram sepultadas, ao menos em ano de eleição?

É porque depende, eu já falei algumas vezes, depende de muitas coisas, né? De acordo. Então, na CPI da da já expliquei, a bancada não queria indicar ninguém da oposição porque entendia que ia ter direito a um cargo. Então acabou ficando parada. A outra CPI também da mesma forma. Até porque o jurídico ainda não respondeu. Então como está todo mundo envolvido em tentar se salvar, quer dizer salvar quer dizer, ser eleito, acaba diminuindo um pouco a pressão aqui na casa. Não depende da presidente, do plenário da situação. Não tem tempo para ser iniciado.

Foto: AL-BA

 

Por falar em eleição, agora a chapa a qual o PSD compõe já foi definida, Otto tentará a reeleição ao Senado. Em certo momento Otto foi cotado para disputar o governo, na avaliação do senhor seria melhor ao partido?

Claro que todos almejam ser governador de um estado como o nosso. Otto é um dos homens mais experientes, ocupou todos os cargos, foi secretário. Tem todas as condições, o grupo entendeu e ele próprio também, fez a composição, pré candidato Jerônimo. Otto ao Senado, faz parte do jogo democrático e o grupo entendeu. Normal. Claro, o partido que tem um candidato a governador acaba beneficiado, mas como estamos todos integrados, não teremos problemas, assim espero.

 

Outro tema que deve esquentar é a indicação da AL-BA para a vaga de conselheiro do TCM. Dois nomes com mais força, Ivana Bastos e Tom Araújo. O senhor acredita que deve ficar entre eles?

É difícil. Todos têm o direito de pleitear, mas como estamos com muitos problemas, só vamos tratar depois das eleições. Tem muitas águas debaixo das pontes, para passar.

Foto: AL-BA

 

Presidente, gostaria de atualizar sobre a ação que envolve os servidores da AL-BA. Como está essa situação, teve algum andamento?

A última vez que foi pautado, pois o governo da Bahia que é parte, entrou no supremo, pelo que o jurídico tem informado, a última vez foi quatro de novembro do ano passado, seis meses. 9 dos 11 ministros favoráveis à ação do governo, ninguém consegue entender porque não se colocou em pauta. Não entendo porque, queria que vocês fizessem essa pergunta a [Luiz] Fux [presidente do Supremo Tribunal Federal]. Cabe a gente aguardar.

 

Presidente, o senhor irá disputar a reeleição na AL-BA? Além disso, está na presidência Tem gostado do cargo? Pretende mais um mandato caso seja eleito? 

Isso vai depender do grupo, ninguém faz política sozinho. Temos uma eleição de governador, espero ser reeleito. O grupo entendendo irei para a reeleição. Tenho que trabalhar com o mandato que fui eleito. Mas vamos tratar disso na hora certa, lá depois de novembro. A não ser que o grupo entenda e não me apoie. Mas acredito que esse problema não vai acontecer. Nada com desespero. Para mim é uma honra muito grande, se puder ser reeleito tudo bem, se não sem trauma. Não tratamos disso ainda. Estamos tratando de eleger Jerônimo. Na Assembleia é tratado da forma certa.