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Entrevista

Fábio Mota reconhece perdas para turismo em Salvador em meio a pandemia - 13/12/2021

Por Gabriel Lopes / Vitor Castro

Fábio Mota reconhece perdas para turismo em Salvador em meio a pandemia - 13/12/2021
Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

À frente da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, Fábio Mota reconhece as perdas econômicas que o município viverá após o cancelamento do Festival Virada Salvador, mas reforça a necessidade de se pensar na saúde e em outras alternativas para driblar a situação que ainda é pandêmica. Em entrevista ao Bahia Notícias, Mota comemorou a retomada dos diversos setores da cidade e da economia local. 

 

O secretário ainda adiantou as expectativas da pasta para a inauguração de novos equipamentos de cultura em 2022, como a Casa da História e o prédio do Arquivo Público. Atuando na administração pública desde 2006, Fábio Mota diz gostar da experiência na pasta da cultura, mas não revela se planeja concorrer a um cargo no próximo ano ou se atuará na coordenação da campanha de ACM Neto - parceiro de longa data -  ao governo do estado.  


Secretário, estamos em um momento ainda de alerta em relação a pandemia, mas já vivemos a retomada de quase todos os setores e eventos. Com a chegada do final de ano, qual balanço já é possível fazer em relação as perdas financeiras para o setor cultural?

Evidente que nós temos motivos para comemorar a retomada. Se você pega os números da ocupação hoteleira por exemplo de 2019, antes da pandemia, e agora nós estamos com os números iguais. Então Salvador está vivendo a retomada do turismo como um todo. Em função do cancelamento do Réveillon nos preocupa bastante, mas não tem outra solução na questão de vida das pessoas. Nós deveremos ter 30% de encolhimento por exemplo do que seria com o Réveillon. Nós tivemos no Réveillon da cidade cerca de R$ 150 milhões que circulou na cidade e que trouxe de arrecadação. Então nós devemos ter essa esse recolhimento mas também o próprio trade turístico com nosso apoio está montando uma série de Réveillon dentro dos limites dentro do público estabelecido para se manter as pessoas em Salvador e para se manter a ocupação hoteleira. Os hotéis estão organizando os seus réveillon dentro dessa linha.

 

E quais são as projeções para o ano de 2022? Quais projetos estão na pauta da Secult para essa retomada?

É um ano de entregas. Nós vamos ganhar novos equipamentos culturais na cidade como por exemplo a Casa da História e o prédio do arquivo será um grande indutor de turismo, nós teremos na casa da história e no arquivo público a recuperação de todo arquivo público da cidade que tem o prêmio de memória do mundo dado pela UNESCO. É o arquivo mais importante do país e o mais antigo, nós teremos todo um projeto de museologia aliado a esse arquivo público e contando a história da cidade. Esse projeto todo já está em fase final, nós já recuperamos o casarão que fica do lado da cidade da música da Bahia. Devemos concluir o prédio de onze andares até maio todo o projeto e o prefeito Bruno Reis deve inaugurar esse novo equipamento cultural. Nós também devemos iniciar a segunda parte do projeto da cidade da música da Bahia que é a segunda parte que diz respeito a feitura do anfiteatro, nós teremos o anfiteatro no fundo da cidade da música da Bahia, ele vai permitir que a gente possa fazer lá apresentações culturais, folclóricas, e que você otimize o calendário cultural da cidade e faremos também na outra esquina um casarão que já está desapropriado pela prefeitura, são dois casarões, uma escola técnica que vai permitir que a gente possa ter uma escola que permita você qualificar e melhorar a nossa mão de obra como um todo, como também criar inclusão social. Você vai ver treinamentos lá, toda área de audiovisual, de cinegrafia, toda a parte musical com vários estudos. Nós já temos esses recursos -  cerca de R$ 100 milhões - garantidos através do financiamento da CAFI e a gente pretende começar as obras no primeiro semestre de 2022 do nosso anfiteatro e do projeto de escola.

 

Qual balanço o senhor faz sobre o Plano Municipal de Cultura aqui de Salvador? 
A matéria enfrentou resistência de alguns vereadores em relação a pautas mais "progressistas" para o público LGBT, por exemplo. Discutindo com a sociedade civil, discutindo com a Câmara de vereadores, tiramos todas as dúvidas semana passada dos vereadores, eu acho que agora ele vai caminhar. Isso na verdade era muito mais o debate e esclarecimentos. Foram várias reuniões, eu com Fernando Guerreiro que é presidente da fundação e os esclarecimento para os vereadores foram feitos, acho que não tem mais resistência, já foi explicado e a gente está na ansiedade para aprovação do Plano de Cultura".

 

O senhor está em quadros da administração municipal desde 2014. Acha que chegou a hora de buscar novos ares?

Na verdade eu estou na administração pública desde 2006, eu fui presidente da Limpurb em 2006, em 2007 eu fui secretário de serviços públicos da Secretaria de Serviço Público. Eu fui secretário nacional de turismo em Brasília e aí em 2014 eu saí da Secretaria Nacional de Turismo de Brasília para vim ser Secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador, em sequência sete anos como secretário de mobilidade e agora estou um ano como secretário de turismo e de cultura da cidade de Salvador. Estou muito animado como secretário de turismo de Salvador. Foi um ano de muitas realizações,  avançamos bastante na questão das obras da orla de Stella Maris, praia do Flamengo e Ipitanga e a gente espera entregar elas toda no próximo ano, já com trecho sendo entregue logo no primeiro semestre do próximo ano, podemos iniciar entregar a cidade da música todo o projeto museográfico, avançamos bastante na casa da história, isso deve entregar em maio. Estou muito animado e com o projeto de fazer a entrega dessas ações. Mas é evidente que quem nomeia e quem quem exonera secretário é o prefeito da cidade de Salvador, aí cabe a ele fazer avaliação do próximo ano para analisar quem vai dar sequência a gestão dele.

 

Pergunto isso porque muito tem se falado que você está caminhando para a reta final da sua gestão para se juntar ao ex-prefeito ACM Neto na coordenação da campanha dele para o governo da Bahia no ano que vem. Essa será a contribuição de Fábio Mota nas eleições de 2022?

Eu tenho uma amizade, uma relação com o ex-prefeito ACM Neto, meu amigo mesmo, e só quem pode responder se vai precisar da minha ação é ele, estou pronto e se for necessário a gente tem que esperar o ano passar para ver o que vai acontecer. Nada conversado nesse sentido. Nós conversamos todos os dias, trocamos ideias, mas não temos definição nenhuma sobre isso ainda. E é ele que vai montar a equipe e vai fazer a definição e o anúncio. Se ele assim desejar o que eu posso dizer que eu estou pronto para engajamento no projeto.