Museu do Holocausto reprova Frias por comparar lockdown com práticas nazistas
Por Jamile Amine
Após usar o filme “A Lista de Schindler” para criticar as medidas restritivas implementadas por prefeitos e governadores para conter a pandemia e compará-las com a prática nazista, o secretário Especial da Cultura foi reprovado pelo Museu do Holocausto.
“O setor de eventos clama para poder levar o pão para dentro de casa, para poder sustentar a própria família. Até quando um burocrata arrogante irá dizer que ele não é essencial?”, escreveu o titular da Secult, em suas redes sociais, junto com o trecho do filme, cujo enredo denuncia o massacre de judeus e mostra a criação de uma lista com o propósito de evitar que alguns indivíduos considerados "essenciais" fossem mortos ou enviados ao campo de concentração de Auschwitz.
Em resposta à publicação do secretário, o Museu do Holocausto questionou o uso do emblemático filme dirigido por Steven Spielberg. “‘A Lista de Schindler’, secretário? É desta forma que pretende se opor às medidas de combate à pandemia? Crê que a analogia com esta paródia agressiva não ofende sobreviventes e descendentes? Que não prejudica a construção da memória do Holocausto? Que vergonha, secretário”, repreendeu a instituição criada em 2017, em São Paulo.
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