Justiça adverte Academia sobre mudanças na regra do Oscar que podem prejudicar Netflix
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi alertada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos que as possíveis mudanças nas regras do Oscar, que limitam a elegibilidade da Netflix e outras plataformas de streaming, poderiam levantar suspeitas de violações da lei de concorrências e antitruste.
De acordo com informações do site Variety, o documento da justiça informa que o chefe da divisão antitruste, Maka Delrahim, escreveu à diretoria executiva da Academia para mostrar sua preocupação de que as novas regras estariam sendo escritas "de maneira que tende a suprimir a concorrência".
"No caso em que a Academia, uma associação que inclui vários concorrentes, estabelecer certos requisitos de elegibilidade para o Oscar que eliminam a concorrência sem justificativa pró-competitiva, pode levantar preocupações antitruste", escreveu Delrahim.
O comunicado surge como uma resposta aos relatos de que o cineasta Steven Spielberg, membro da diretoria da Academia, estaria planejando mudanças de regras que iriam restringir a participação de filmes que estreiam apenas no streaming e não nos cinemas. Com a concretização dessa norma, somente produções lançadas em salas de cinema poderiam participar da premiação.
"Acordo entre concorrentes para excluir novos competidores podem violar as leis antitruste quando seu objetivo ou efeito é impedir a concorrência que ameaçam os lucros das empresas estabelecidas", colocou Maka.