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Marca Bahia Notícias

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São João terá 90% de atrações 'da terra', mas 35% a menos de orçamento

Por Jamile Amine

São João terá 90% de atrações 'da terra', mas 35% a menos de orçamento
Foto: Divulgação

Este ano, dois fatores podem impactar a programação de São João na Bahia: o fato da festa cair em um fim de semana, dificultando a circulação das pessoas em tempo hábil; e a crise financeira, que implicou na redução de cerca de 35% do investimento da Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Bahiatursa). “Tem cidades pequenas do interior que se mantêm durante meses com os festejos juninos, com o movimento que a economia dá por conta das festas de São João, então é com certeza, senão a primeira, mas uma das principais festas que a gente tem no nosso calendário”, avalia Diogo Medrado, presidente da Bahiatursa, destacando o papel para a atividade turística e econômica do que considera a maior festa regional do Brasil. “A expectativa é que todo ano a gente cresça, porém no São João a gente tem um turismo muito interno, o próprio baiano circulando pela Bahia. E também esse ano tem o calendário do São João, que caiu no fim de semana, então a gente tem que ver o reflexo disso nessa movimentação”, pondera Medrado, revelando que em convênios firmados com 163 municípios no interior o investimento do governo é em torno de R$ 9 milhões, enquanto a programação oficial de Salvador contou com um aporte de R$ 3 milhões, divididos entre o Centro Histórico e o Subúrbio.

 

Show de Alceu Valença que aconteceria nesta sexta foi cancelado | Foto: Divulgação

 

Um outro ponto polêmico do calendário junino de 2018 foi o anúncio do cancelamento do show de Alceu Valença no Pelourinho, por falta de verba (clique aqui e saiba mais). “Foi primeiro a questão orçamentária. No ano passado a gente tinha reduzido o São João de quatro dias para três, e esse ano a gente, por remanejos orçamentários e por priorizar o São João também do interior, decidiu cortar da programação o dia 22, não o show de Alceu [Valença], mas as atrações das três praças”, explicou Medrado, destacando que a estratégia se deu independente do artista e que a iniciativa resultou em uma economia entre R$ 700 mil e R$ 800 mil, somando os custos não só de cachê, mas também de estrutura, iluminação, sonorização e produção. “No Pelourinho nós fazemos seis eventos ao mesmo tempo, que são as três praças da Secretaria de Cultura  – Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas  –, e a Bahiatursa faz também o Terreiro de Jesus, o Largo do Pelourinho e a Sala de Reboco, que vai ser na Praça do Cruzeiro. Então, na sexta-feira nós tiramos estes três locais e mantivemos só as três praças tradicionais”, acrescentou.

 

Subúrbio terá show de Marília Mendonça | Foto: Daniel Pujol/ GOVBA

 

Os cortes afetaram ainda a programação do Subúrbio, que também teve suprimida a agenda do dia 22. “O governo do Estado, através da Bahiatursa, tradicionalmente, desde o primeiro ano do governo Rui, realiza o São João de Paripe, que é o do Subúrbio, e o São João do Pelourinho, que já é tradicional no calendário. A gente não criou esse evento novo”, salienta o gestor, explicando que o Centro Histórico prioriza a tradição, enquanto o palco do Subúrbio é aberto a estilos mais diversificados. Em 2017, Luan Santana e Aviões do Forró foram os destaques. Já este ano a sertaneja Marília Mendonça, que embolsou um cachê de R$ 250 mil para se apresentar no dia 24 de junho, é uma das atrações mais esperadas. “No subúrbio as atrações são mais ecléticas. A gente mantém o forró tradicional no Centro Histórico, com programação 90% de artistas da terra, e traz uma atração. Esse ano a gente tem Geraldo Azevedo no dia 23 e Elba Ramalho no 24”, pontua.