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Moradores pedem reconstrução de quiosque da Praça do Coreto, destruída após reforma da orla

Por Jamile Amine / Ailma Teixeira

Moradores pedem reconstrução de quiosque da Praça do Coreto, destruída após reforma da orla
Foto: Reprodução/ Itapuã City
 Um grupo de artistas, coletivos e produtores culturais convida a classe artística para o manifesto de apoio à preservação da Praça do Alto da Bela Vista, mais conhecida como Praça do Coreto, em Itapuã. O "Cortejo Cultural", como eles nomearam o movimento, será realizado nesta quarta-feira (2), com saída da Praça Dorival Caymmi em direção ao demolido quiosque "Rumo do Vento", às 18h. No manifesto – que já reúne 41 assinaturas com nomes, como Margareth Menezes e As Ganhadeiras de Itapuã –, o grupo defende a manutenção do espaço e a reconstrução do quiosque com cobertura e dois banheiros, para que possa comportar eventos culturais. "Isso é um espaço importante, há 30 anos funciona como espaço cultural, recebeu artistas de vários lugares do Brasil, inclusive pessoas de fora do país já vieram aqui e é ocupado constantemente com eventos culturais da comunidade", defende o sambista Pedrão, do Grupo Botequim, em entrevista ao Bahia Notícias. Pedrão integra a Comissão de Moradores da Comunidade do Alto da Bela Vista - Itapuã, que está à frente do manifesto. O sambista relatou ao site que o projeto de reforma da praça foi uma iniciativa da vereadora Kátia Alves, sem que a comunidade solicitasse nada. "A comunidade estava bem feliz com o jeito que estava a praça, ninguém pediu para reformar nada, mas ela entrou com esse processo e simplesmente a gente ficou sabendo que ia ser reformada. A gente entrou em contato com a assessoria da vereadora para saber pelo menos o que ia ser feito, poder opinar minimamente e as obras começaram sem que a gente tivesse acesso ao projeto", acusa. 
 
A Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) nega a afirmação. Através da assessoria de comunicação, o órgão alegou que a comunidade tomou conhecimento do projeto de revitalização desde o início do processo, há oito meses, com a instituição do Gabinete em Ação, através do Salvador Bairro a Bairro. Por telefone, a assessoria questionou a validade do protesto de “uma comunidade de artistas”, que supostamente não representariam a população, e classificou o lugar como “estragado” além de ter apontado os perigos da presença de um bar no local. Os apoiadores do manifesto contestam a situação por compreender que a área tem potencial maior que uma praça. "A gente não entende que aquilo lá é simplesmente uma praça. A concepção que está faltando eles entenderem ainda é de que se trata de um espaço cultural. E depois, não é um bar. É um ponto de apoio para quando houver - e tem! - festivais de samba enredo de escola de samba, roda de samba do Grupo Botequim, que se apresenta lá uma vez por mês, e eventos das mais variadas vertentes", esclarece Pedrão.
 
O projeto chegou a ser editado. De acordo com o sambista, a primeira versão sugeria a demolição do coreto, mas eles conseguiram reverter a decisão. No último sábado (27), o grupo se reuniu com um representante da Seman e com a vereadora para a entrega de um ofício com as reivindicações, mas diante da negativa, decidiu organizar o manifesto. "Tivemos mais uma reunião sábado agora e eles não se mostraram sensíveis a essa proposta, então a gente resolveu fazer um movimento de rua para tentar pressionar", afirma Pedrão. A assessoria do órgão se comprometeu a apurar as decisões finais do documento com o engenheiro responsável, mas até o fechamento da matéria, não enviou uma nota oficial.