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Marca Bahia Notícias

Notícia

'Há pressão para estar mais em Los Angeles, mas não estou nessa', declara Wagner Moura

'Há pressão para estar mais em Los Angeles, mas não estou nessa', declara Wagner Moura
Foto: Isac Luz
Em Los Angeles para divulgar a segunda temporada de Narcos, o ator Wagner Moura não tem garantias de viver um terceiro ano da personagem. "Estou preparado, mas ainda não sabemos se [a morte de Escobar] será nesta temporada", contou à Folha. Segundo o jornal, o ator gravou quatro episódios da série e voltou para a Colômbia para terminar os seis capítulos restantes até maio. 
 
Quanto à indicação ao Globo de Ouro, que acabou premiando Jon Hamm pelo último ano de "Mad Men", Moura não se sentiu surpreso. "Não estava esperando que 'Narcos' fosse ser indicado. Mas foi uma surpresa? Não. A TV está cheia de coisas boas, mas acho que a gente fez uma série muito boa e diferente. Sentei na mesa do Globo de Ouro tranquilo", declarou na entrevista. Ainda assim, o baiano reconhece que a indicação foi um grande salto na carreira. "Carreguei balde d'água na cabeça em Rodelas. Mas tenho trabalhado para isso. É o prêmio mais importante a que já fui indicado. Kevin Costner veio falar comigo. Muita gente me procurou", contou. 
 
Dentre as pessoas que o procuraram no evento está Jason Reitman, diretor do filme "Juno". "Ele disse: 'A série é demais, e você está foda'. Respondi: 'Também curto seu trabalho. Vamos trocar telefone?", lembrou aos risos. Com os planos de voltar para o Brasil para dirigir "Marighella" após as gravações da segunda temporada de Narcos, Moura revela: "Há pressão para estar mais em Los Angeles, mas não estou nessa. Se Jason Reitman me chamar para um filme, vou na hora".
 
Outro assunto que pautou a conversa com o jornal foi a entrevista do ator Sean Penn com o traficante El Chapo - homem mais procurado pela polícia no México. "Sean Penn pode fazer o que quiser. Tem um limite que o artista precisa responder, claro. Lembro que [o cineasta] João Moreira Salles, quando ajudou o [traficante] Marcinho VP, foi bastante criticado. É uma fronteira bastante delicada. Não julgo nenhum artista que vai a fundo para entender alguma coisa ou fazer sua arte. Particularmente, não me encontraria com um criminoso procurado", afirmou. Entretanto, o ator suspeita que o traficante tenha assistido "Narcos" antes de se aproximar de artistas para fazer um filme sobre ele. "Acho que devem ter visto 'Narcos', sim. Esses caras têm Netflix. E, no mundo criminal, El Chapo é o traficante mais conhecido depois de Pablo Escobar. Não sei, estou apenas especulando", opinou.

Para Moura, a questão do tráfico é muito mais complexa. "Enquanto a política em relação às drogas não mudar, isso não vai acabar nunca. Vão matar um El Chapo e surgirá outro. Nada vai mudar e as pessoas vão continuar morrendo em países periféricos, produtores e exportadores de drogas. A política antidrogas que vem dos Estados Unidos é comprovadamente um fracasso e tem levado muitos jovens da América Latina à morte", concluiu.