Fundação de Direitos Humanos rechaça Nicki Minaj após show na Angola
Foto: Reprodução/ Observer Oracle
A rapper Nicki Minaj foi contratada para se apresentar na Angola pelo presidente do país, José Eduardo dos Santos - que é considerado ditador -, e a Fundação de Direitos Humanos rechaçou a cantora. Antes da apresentação, foi divulgada uma carta aberta, pedindo que Nicki cancelasse a apresentação, mas a cantora cantou mesmo assim e ainda posou para uma foto com a filha do presidente, Isabel dos Santos. Nicki postou a foto em seu Instagram, com a legenda: "Ela é apenas a oitava mulher mais rica do mundo (pelo menos foi o que me disseram antes dessa foto). Risos. Poder feminino!!! Isso me motiva taaaaaaanto".

Foto: Reprodução/ Instagram Nicki Minaj
De acordo com a revista Forbes, Isabel é a primeira bilionária da África, com 25% da empresa Unitel, presidida por seu pai, o que significa uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão de dólares. Ela também tem ações em bancos, na petroleira Galp e na maior companhia de cimento da Angola. Sua fortuna se multiplicou sete vezes em dois anos, chegando a US$ 3,7 bilhões em 2014. Mas enquanto Nicki achou a mulher inspiradora, a Fundação de Direitos Humanos a achou repugnante. Na carta, os ativistas acusam a rapper de ignorância. "O cachê que ela recebe [do governo angolano] é ainda mais chocante, porque ela e seus empresários se uniram ao coro do movimento Black Lives Matter [Vidas de Negros Importam]. Parece que, quando esses negros vivem na Angola, suas vidas importam menos do que o pagamento de um ditador", diz um trecho do texto. Em outra passagem, os ativistas acusam que o cachê de Nicki foi pago à custa de um governo corrupto e da violação de direitos humanos.