Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Iphan se defende de citação em áudio que incrimina senador Delcídio Amaral

Iphan se defende de citação em áudio que incrimina senador Delcídio Amaral
Presidente do Iphan, Jurema Machado | Foto: Reprodução/ TV Senado
Após ter o nome do Instituto citado na gravação de áudio que incrimina o senador Delcídio Amaral, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou uma nota de esclarecimento defendendo que o áudio "demonstra o rigor técnico, o espírito republicano e a conduta ética da instituição". "Esclarecemos que o Iphan não tem nenhuma responsabilidade sobre menções feitas, seja por terceiros ou parlamentares, à instituição ou a seus gestores e que nunca foi procurado pelo senador, por representante em seu nome ou, ainda, pelo advogado para tratar de empreendimento no Rio de Janeiro", afirma o Instituto na nota. Na citação referida, o senador conversa com o advogado Edson Ribeiro, por telefone, e pede que ele interceda com a presidente do Iphan, Jurema Machado. "Uma amiga minha tem um hotel lá na Joatinga, e o Iphan está criando caso. Ela tá com um projeto muito bonito pra lá e... porra!", comenta o senador. Com a repercussão do áudio, a Associação Profissional dos Trabalhadores em Patrimônio Histórico e Cultural (Asphan) também se pronunciou, em nota acusatória ao Iphan. "Os servidores da Cultura vêm alertando sobre procedimentos pouco democráticos e transparentes no Ministério há tempos, não por acaso. Desde o governo PSDB até o PT, políticas públicas, programas e leis culturais continuam seguindo as mesmas concepções e operacionalidades arcaicas e autoritárias, com poucos avanços, principalmente no tocante a participação dos servidores nos processos decisórios e de controle interno das autarquias. Nesta semana, uma das provas usadas na prisão de Delcídio Amaral, líder do governo Dilma, foi um áudio do senador, do advogado Edson Ribeiro e de Bernardo Cerveró", afirma a associação dos servidores, que destaca trechos do áudio em que os funcionários são chamados de "enrolados" e a presidente de "competente". O Iphan considerou "leviana a postura da associação. "O Ministério da Cultura repudia essa conduta irresponsável e se solidariza com a direção do Iphan e com seus servidores, que se viram também atacados pelos dirigentes da própria associação que deveria representá-los", acusa. O Instituto ainda afirma que negou autorização para sete empreendimentos hoteleiros na região de Joatinga e Estrada do Joá, ambas áreas protegidas pelo Instituto e pela legislação ambiental. "Tais negativas resultam de incompatibilidade entre a norma do Iphan e a lei de uso e ocupação do solo do Rio de Janeiro, flexibilizada pelo município para permitir a ampliação dos gabaritos de hotéis, visando estimular tais empreendimentos por ocasião dos eventos esportivos internacionais", ressalta. Delcídio Amaral foi preso na última quarta-feira (25), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.