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Marca Bahia Notícias

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Em posse, Jorge Portugal cita Gonzaguinha, fala de transversalidade e dobradinha com Juca no MinC

Por Júlia Belas e Jamile Amine

Em posse, Jorge Portugal cita Gonzaguinha, fala de transversalidade e dobradinha com Juca no MinC
Foto: Divulgação
Na cerimônia de transferência do cargo de Secretário de Cultura da Bahia, realizada nesta terça-feira (6), no Palácio Rio Branco, em Salvador, o novo titular da pasta, Jorge Portugal, fez um discurso emotivo. Ele, que é professor e apresentador de televisão, comentou que já esteve em eventos de porte, como dois festivais de música no Maracanãzinho, mas que nesta ocasião “o coração está pulsando de uma forma diferente”, pela grande responsabilidade que enfrenta, ao substituir o “amigo e inspirador”, Albino Rubim, ex-secretário. Portugal citou ainda Gonzaguinha, contando que o músico lhe telefonou para falar sobre uma canção composta de uma maneira totalmente diferente das parcerias tradicionais. “É o seguinte, pego o telefone, ligo para um amigo e faço uma pergunta: o que é a vida pra você? Só quero uma palavra ou no máximo uma frase. A pessoa responde e eu anoto. Quanto eu já tiver um monte de respostas, as mais diferentes possíveis, vou costurar a letra e fazer o samba com o maior número de parceiros que já houve”, transcreveu a fala de Gonzaguinha, que segundo Portugal, chegou a dizer que, dessa forma, acabaria entrando para o livro dos recordes pela maior parceria musical existente. “Passou-se algum tempo, voltei à Bahia e ao ligar o rádio, ouço a voz de Gonzaguinha cantando um samba que me estremeceu”, lembrou Jorge Portugal, que, junto com o público presente, entoou a canção “O que é, o que é?” , e arrematou o discurso  dizendo que é neste tom que quer intensificar sua gestão na Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA).
 

Durante a posse, Portugal recebeu uma carta do representante dos Pontos de Cultura, Antenor Júnior
 
Portugal destacou ainda que recebe uma “herança bendita” dos antecessores, traduzida em territorialização, interiorização da cultura, continuação e ampliação dos editais e todas as parcerias exitosas firmadas com as outras secretarias. Ele rebateu também as críticas feitas ao baixo orçamento e à suposta imposição do governador Rui Costa de trabalhar junto à Secretaria de Educação. “Outro dia, mal tinha anunciado o secretário de cultura, uma pessoa escreveu com tintas carregadas que o novo secretário, em vista dos parcos recursos da pasta teria que dialogar com o secretário de educação, por imposição do governador Rui Costa. Respondi que a imposição não era do governador, e sim da realidade. Esclareci que há um bom tempo a abordagem do real não é mais cartesiana como foi durante séculos, nesta banda ocidental do mundo. Tudo toca em tudo, tudo troca-se com tudo. Tudo interpenetra-se. O paradigma é o da interdisciplinaridade, e não existe secretaria mais transversal que a da cultura, que atravessa e vivifica todas as outras”, afirma o Jorge Portugal, sobre o trabalho em conjunto, acrescentando que “tangenciado pela sorte” acredita muito na dobradinha baiana que fará com o ministro Juca Ferreira, no Ministério da Cultura.