Websérie baiana trata de tema LGBT, mas sem festividade típica da TV
Por Alexandre Galvão
A história também não é maniqueísta porque o mocinho não é tão ‘bonzinho’, assim como a mocinha também não. É, de certa forma, sem pudores porque em teledramaturgia a gente não vê um casal gay se beijando e isso nós vamos abordar com naturalidade. Claro que a gente não vai mostrar o sexo em si porque o Youtube não deixa”, esclareceu. Por falar em cenas quentes, o casting de 'Retratos' passou por uma preparação, já que uma parte do elenco nunca tinha beijado uma pessoa do mesmo sexo. No entanto, Jardim não quis que todas as cenas fossem ensaiadas. “Teve um trabalho por conta das cenas mais íntimas. Tem uma cena que é a expulsão de casa de uma das personagens, então eu não quis ensaiar essa de jeito nenhum, quis que fosse do jeito que saiu”, revelou. Com baixo orçamento e tendo os três primeiros episódios – de um total de 13 – sido pagos pelos próprios realizadores, a web se mostrou o caminho mais fácil para veicular o material produzido. As constantes derrotas em inscrições de editais públicos também contribuíram para a escolha do novo meio.
“Escolhemos a web pela facilidade de acesso. Em TV você não ter abertura pra colocar nada, mas na internet você tem abertura e o pessoal acessa”, afirmou. Premiado no festival de Gramado e com 22 curtas na bagagem, Rafael – que é formado em cinema – pretende também levar um pouco da sétima arte para a tela do computador. “Tento trazer um pouco da linguagem em termos de fotografia, planificação e o próprio roteiro. Trago a experiência da estética de cinema. Claro que a internet tem uma linguagem diferenciada e tem que ser mais dinâmico”, finalizou. A estreia acontecerá no canal do grupo no Youtube (veja aqui) e o público pode acompanhar todas as novidades, bastidores e extras no Facebook da série (clique aqui).