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Marca Bahia Notícias

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'A Arte é universal, não deve estar identificada por regiões', diz Fernando Botero

'A Arte é universal, não deve estar identificada por regiões', diz Fernando Botero
Foto: Vincenzo Pinto/AFP
Com telas expostas em São Paulo até meados de dezembro, o artista plástico colombiano Fernando Botero já desenhou atores de circo, donas de casa, ditadores e vítimas de tortura, todos sempre gordos, dóceis e desajeitados. Criador de um estilo inconfundível, Botero critica, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o estado da arte atual, que parece se basear em ideias superficiais. “A verdade é que hoje a arte se baseia em ideias superficiais, artistas estão mais interessados em chocar do que em criar obras com qualquer senso de estrutura. Não é um momento glorioso na evolução das artes visuais. Acredito que a arte viva agora um momento deplorável”, avaliou.

Na conversa, Botero não se esquivou da pergunta sobre a polêmica decisão de deixar de patrocinar o tradicional prêmio a jovens artistas, que levava seu nome na Colômbia. “Sei que essa foi uma decisão polêmica, mas o júri havia dado o prêmio máximo a um vídeo, que era talvez o primeiro que aquele artista havia feito na vida. Não gostei das obras, nada me interessou, então achei que já não valeria mais a pena patrocinar esse tipo de coisa”, explicou.

Latino, colombiano, o artista considera que a arte não deve ser identificada por regiões, já que é algo universal. “Gostaria de estar nos leilões com os artistas do resto do mundo, já que tenho obras espalhadas por todo o planeta. Arte é universal, não deve estar identificada por regiões. Ser classificado como latino é ocupar uma categoria inferior, e não me considero inferior a ninguém”, disse ao opinar sobre como lida com o sucesso comercial.