O cantor Luiz Melodia, morto em agosto de 2017 por complica&ccedil;&otilde;es de um c&acirc;ncer na medula (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/28888-luiz-melodia-morre-aos-66-anos-no-rio-de-janeiro.html" target="_blank">clique aqui e relembre</a>), ser&aacute; o homenageado na 18&ordf; edi&ccedil;&atilde;o do Trof&eacute;u Ra&ccedil;a Negra.&nbsp;

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Realizada pela Universidade Zumbi dos Palmares e a Afrobras desde 2000, para destacar indiv&iacute;duos ou grupos que contribu&iacute;ram com avan&ccedil;os para os afro-brasileiros, a premia&ccedil;&atilde;o ser&aacute; transmitida online, no dia 19 de novembro, a partir das 19h, pela plataforma digital da Virada da Consci&ecirc;ncia Negra.

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Em edi&ccedil;&otilde;es anteriores, foram homenageados nomes Mano Brown, Tony Tornado, Zez&eacute; Motta, Elza Soares, Martinho da Vila, Em&iacute;lio Santiago, Jair Rodrigues, Milton Nascimento, Michael Jackson, Wilson Simonal e Cartola.&nbsp;

Tendo como fios condutores a tr&iacute;ade sexo, drogas e MPB, a biografia &ldquo;Meu nome &eacute; &eacute;bano &mdash; A vida e a obra de Luiz Melodia&rdquo;, escrita pelo jornalista Toninho Vaz, chega &agrave;s livrarias no pr&oacute;ximo dia 4 de agosto, exatos tr&ecirc;s anos ap&oacute;s a morte do P&eacute;rola Negra. O livro ser&aacute; lan&ccedil;ado pela editora Tordesilhas.

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Conhecido por sua rebeldia e g&ecirc;nio indom&aacute;vel, o poeta do Est&aacute;cio ganhou fama de maldito nos anos 1970, quando deixou o Morro de S&atilde;o Carlos, onde foi criado, para cair nas gra&ccedil;as de artistas j&aacute; consagrados, como Gal Costa, Maria Beth&acirc;nia e H&eacute;lio Oiticica. Melodia enfrentou problemas com o &aacute;lcool, o racismo e a desconfian&ccedil;a das gravadoras, que n&atilde;o sabiam lidar com a independ&ecirc;ncia art&iacute;stica do cantor.

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Os obst&aacute;culos enfrentados por Luiz Melodia formam a hip&oacute;tese de Vaz para explicar o porqu&ecirc; do artisra n&atilde;o ter atingido a fama e o reconhecimento de alguns colegas de gera&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

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&quot;O Luiz era um cara low profile, discreto, um pouco arredio com a imprensa, n&atilde;o gostava de certa badala&ccedil;&atilde;o, por isso ficou tachado de rebelde, de maldito, como o Jards Macal&eacute;. Eles n&atilde;o eram d&oacute;ceis no trato com a gravadora e as formalidades. Eu revelo que o sumi&ccedil;o dele em 1977, quando passou meses na Bahia, durante o seu auge, foi um dos motivos para isso. A gravadora queria fazer um disco novo, mandava os adiantamentos, mas ele n&atilde;o aparecia. Ele era um grande nome na &eacute;poca, mas n&atilde;o ligou para a disciplina que era exigida&quot;.

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Conforme publicou O Globo, o livro conta que o per&iacute;odo sab&aacute;tico do cantor na Bahia pode ter sido prejudicial para sua carreira, mas foi um sucesso em sua vida pessoal. Foi no estado que ele encontrou Jane Reis, que viria a ser sua companheira at&eacute; o fim da vida.&nbsp;

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Al&eacute;m da dificuldade de lidar com as obriga&ccedil;&otilde;es do of&iacute;cio de cantor popular e o manuseio de dinheiro, outro problema para Luiz foi o abuso de subst&acirc;ncias.&quot;Ele fazia sucesso e s&oacute; vivia em botequim. Quer coisa mais danosa para uma carreira art&iacute;stica do que isso? &mdash; questiona. &mdash; Eu convivi muito com essa cena, e posso garantir que o &aacute;lcool &eacute; pior do que as drogas, que ele j&aacute; tinha deixado h&aacute; um bom tempo antes de morrer. O Frejat conta que se impressionava quando sa&iacute;a com ele, que o Luiz ia at&eacute; o dia amanhecer com um copo de cerveja na m&atilde;o&quot;.

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Vaz tamb&eacute;m narra no livro a rela&ccedil;&atilde;o do cantor com duas baianas que abriram as portas da ind&uacute;stria musicam para ele: Gal Costa e Maria Beth&acirc;nia, e alguns epis&oacute;dios de racismo sofridos por Melodia &mdash; descrito como um homem simples, humilde e amigo fiel &mdash;, como as ocasi&otilde;es em que foi levado para a delegacia sem qualquer motivo aparente.&nbsp;

O corpo do cantor e compositor carioca Luiz Melodia (66) &eacute; velado na quadra do Gr&ecirc;mio Recreativo Escola de Samba Est&aacute;cio de S&aacute;, no centro do Rio de Janeiro, desde a tarde da &uacute;ltima sexta-feira (4). De acordo com informa&ccedil;&otilde;es do G1, as homenagens ao artista seguir&atilde;o at&eacute; a manh&atilde; deste s&aacute;bado (5), seguido do sepultamento, no Cemit&eacute;rio do Catumbi. O m&uacute;sico morreu na sexta-feira (4), em decorr&ecirc;ncia de complica&ccedil;&otilde;es de um c&acirc;ncer (<a href="http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/28888-luiz-melodia-morre-aos-66-anos-no-rio-de-janeiro.html" target="_blank">clique aqui e saiba mais</a>). Segundo a publica&ccedil;&atilde;o, o presidente da escola de samba j&aacute; pretendia fazer um tributo a Melodia, ainda em vida. &quot;N&oacute;s conversamos com a Jane [vi&uacute;va de Luiz Melodia] para tentar [a homenagem] em vida. Conversamos e tudo e eu disse: &#39;Vamos tentar fazer o enredo do Luiz&#39;. A&iacute;, como nasceram outras prerrogativas, a&iacute;, ele partiu... Mas, vamos ver se em 2019 n&oacute;s revivemos isso&quot;, contou Lezi&aacute;rio Nascimento, que na inf&acirc;ncia viveu no Morro S&atilde;o Carlos, no Est&aacute;cio, junto com Melodia. &quot;&Eacute; neg&oacute;cio de bola de gude, neg&oacute;cio de namorada, que era muito no morro... No morro era isso. M&uacute;sica, namorada, jogar bola. A gente curtiu muito o morro, quando o morro era bom... Quando o morro era &oacute;timo pra fazer isso. &Eacute; assim mesmo. Eu achava que antigamente n&oacute;s &eacute;ramos muito mais unidos, entendeu? Agora, a juventude, principalmente na comunidade... Mas! Vamos vivendo, vamos vivendo&quot;, lembrou.&nbsp;

Notícia

Luiz Melodia participa da próxima edição do Samba de Véspera

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