Depois de Secult prometer reativar a Cinemateca, espaço segue em indefinição

Após promessa de reassumir a Cinemateca Brasileira em janeiro,  a Secretaria Especial da Cultura (Secult) ainda não firmou o convênio de três meses com a Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira, previsto para acontecer em janeiro.

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, no dia 31 de dezembro a pasta anunciou que estava finalizando questões burocráticas para viabilizar a retomada de 40 postos de trabalho e dar continuidade às atividades básicas voltadas para a preservação do acervo, já no primeiro mês do ano.

 

Apesar da promessa, segundo a publicação, o contrato não foi liberado e o espaço segue sem supervisão especializada. Sequer o chamamento público para definir a Organização Social responsável por administrar a Cinemateca foi divulgado, embora a Secult tenha dito no fim do ano que o processo estava em tramitação e que o edital seria publicado em breve.

 

A Cinemateca Brasileira, que guarda um acervo de mais de 250 mil rolos de filmes e 1 milhão de documentos, está fechada desde agosto de 2020, quando a pasta comandada por Mário Frias recolheu as chaves (relembre). Desde então, a instituição passou a ser responsabilidade do Ministério do Turismo, ao qual faz parte a Secult.

 

Em resposta à coluna, a secretaria informou que o contrato com a Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira não foi fechado por conta de entraves burocráticos e pendências de projetos anteriores, que estão sendo regularizados. Segundo a pasta, a contratação depende do desenrolar dessas questões. 

 

A respeito do edital, a Secult  informou que o estudo de publicização está no Ministério da Economia, em tramitação conclusiva. Vale lembrar que ao exonerar Regina Duarte do cargo de secretária Especial da Cultura, o presidente Jair Bolsonaro lhe prometeu um posto na Cinemateca Brasileira (saiba mais), o que até hoje não aconteceu.