Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Emicida rechaça preconceito e defende rap: 'Apologia do crime é forma como brasileiro vive'

Por Jamile Amine

Emicida rechaça preconceito e defende rap: 'Apologia do crime é forma como brasileiro vive'
Foto: Reprodução / TV Cultura

Convidado do programa Roda Viva, exibido na TV Cultura, nesta segunda-feira (27), o rapper Emicida foi em defesa do movimento musical, ao ser questionado por Vera Magalhães. "Vou fazer uma pergunta que aparece muito aqui no Twitter, que é se o rap é condescendente com o crime organizado ou deixa de fazer uma crítica mais dura ao crime organizado, que ele faz, por exemplo, às forças policiais e ao Estado", perguntou a jornalista, mediadora do debate.

 

“A condescendência com o crime organizado, isso é uma análise que eu acho bastante preconceituosa, entende? Desde quando narrar uma determinada situação que está vinculada ao crime faz de você um apologista dessa situação? E se isso faz de você um apologista daquela situação, então você tem que começar a pegar o Datena, que faz isso todo dia na televisão, ilustrando um monte de crime, empurrando isso aí goela abaixo da sociedade brasileira e aquilo é entendido como jornalismo, por mais nojento que seja", rebateu o músico, destacando que “a música faz um retrato de onde as pessoas vivem".

 

Ao final da resposta, Emicida foi ainda mais enfático: “Apologia ao crime é a forma como o brasileiro vive, qualquer outra coisa que tente associar ao movimento cultural, isso aí é tirar o foco de onde ele deve estar”, afirmou.

 

Durante a entrevista, Emicida fez uma crítica ainda a um texto da jornalista e apresentadora Barbara Gancia, intitulado “Cultura de Bacilos” (clique aqui), no qual ela sugeria que o hip hop estava vinculado ao tráfico de drogas. “Se usamos verbas públicas para ensinar hip-hop, rap e funk, por que não incluir na lista axé ou dança da garrafa?”, questionava ela, sobre financiamento público para a cultura no governo Lula.

 

Confira o programa completo: