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Marca Bahia Notícias

Notícia

Após ato de vandalismo em busto de Mãe Gilda, FGM faz vistoria e registra queixa 

Por Jamile Amine

Após ato de vandalismo em busto de Mãe Gilda, FGM faz vistoria e registra queixa 
Foto: Milena Tavares / FGM

Após o ato de vandalismo ocorrido na tarde desta quarta-feira (15), contra o busto de Mãe Gilda, no bairro de Itapuã (clique aqui e saiba mais), a Fundação Gregório de Mattos fez uma vistoria e registrou queixa formal na polícia, nesta quinta-feira (16). 

 

“A gente percebe que o busto sofreu danos, porque fica no metal alguns abaulamentos. É muito triste, principalmente pela memória de quem representa”, informa Milena Tavares, Diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, lembrando que a Yalorixá acabou sofrendo um infarto e morrendo, após sofrer atos de intolerância religiosa. “Sua memória também continua sofrendo agressão pela mesma motivação. Isso é justamente para a gente refletir”, pondera.

 

“Ele [o vândalo] estava jogando pedras. E na face dela estava com uma tonalidade diferente, meio avermelhada, porque ele jogou também cacos de telha. Já foi limpo pela comunidade, mas você percebe no busto arranhões e essas marcas”, detalha Milena. “São marcas que ficam, inclusive como um registro, um testemunho desses atos que precisam ser combatidos. Ainda assim, a gente vai avaliar junto com profissionais de restauro, mas acredito que não há como remover as marcas que ficaram de agressão”, acrescenta.

 


QUEIXA FORMAL

Milena Tavares contou ainda que após a vistoria prestou queixa na delegacia de Itapuã, onde Mãe Jaciara havia registrado a ocorrência, no mesmo dia do incidente. “Passei todo o registro do ocorrido, inclusive a ficha técnica do monumento, onde está registrado que pertence à prefeitura municipal de Salvador”, explica.

 


OUTROS CASOS

A Diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM também destacou com preocupação o fato deste incidente não ser um caso isolado, lembrando que houve uma grande incidência de episódios de vandalismo ligados à intolerância religiosa na capital baiana nos últimos tempos.  

 

“Importante também registrar que isso tem sido recorrente. No ano passado, por exemplo, houve o furto do monumento de Mãe Gilda, que fica na Boca do Rio, e inclusive está na nossa programação fazer a recuperação. E você deve lembrar também as agressões aos monumentos de Mário Cravo que ficavam na agência dos Correios, na Pituba, que acabaram sendo doados para o Ipac para ser recuperado (saiba mais). Teve também ali no Dique do Tororó, que embora seja de responsabilidade da Conder, a gente acompanhou. E me lembro que teve na Mãe Stella de Oxossi também. Então a gente fica realmente muito preocupado com essa situação”, relembra.