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Réveillon do Bailinho celebra 10 anos com folia e vista da Baía de Todos-os-Santos

Por Jamile Amine

Réveillon do Bailinho celebra 10 anos com folia e vista da Baía de Todos-os-Santos
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Em outubro de 2009 nascia em Salvador o Bailinho de Quinta, um projeto pautado em memória afetiva, com a proposta de recriar os antigos carnavais, desde o repertório nostálgico ao clima amistoso das folias apropriadas para toda família. Como diz o clássico que embalou inúmeras apresentações, as “águas rolaram” e este ano o grupo celebra uma década de trajetória com uma turnê comemorativa, que inclui uma festa de Ano Novo, realizada na Chácara Baluarte, no bairro do Santo Antônio Além do Carmo.

 

“Essa é a nossa primeira experiência fazendo uma festa de Réveillon, então está cheio de novidades. Eu acho que a intensão é aproveitarmos o espaço da Chácara Baluarte, que tem uma área verde bonita, uma vista legal para a Baía de Todos-os-Santos, que eu acho que são experiências que as pessoas buscam principalmente em uma data como Réveillon”, conta Graco, que ao lado de Thiago Trad e Juliana Leite forma o Bailinho de Quinta. “A gente vem há uns três ou quatro anos fazendo eventos no bairro, já passou pelo Pelourinho e Rio Vermelho, e nos últimos anos se concentrou ali no Santo Antônio e um pouco no Trapiche, no Comércio, mas sempre pelo centro. E aí, como esse ano a gente completa 10 anos de trajetória, aproveitou também pra fazer essa experiência”, acrescenta o músico, lembrando que o show contará com participação especial de Magary e Gerônimo Santana.

 

Como em todas as decisões da banda – repertório, arranjos, figurinos, cenários e locais de apresentações , a escolha dos parceiros se deu por uma sintonia fina entre os convidados e o projeto. “Esteticamente é gente que dialoga de alguma forma com o Bailinho”, explica Graco, para quem Gerônimo, que já participou de vários shows e já foi até homenageado, é “um tipo de Carybé, Jorge Amado, um cara que ajuda a descrever e formar a identidade do que é a Bahia, do que é um baiano”. “Imagine, você está passando seu Réveillon e: ‘Nessa cidade todo mundo é d’Oxum...’. É demais!”, diz o artista, lembrando um dos maiores sucessos de Gerônimo. Para Juliana, Magary, por sua vez, é um grande parceiro admirado pela banda, que também “soma para o clima festivo e de animação” da festa.

 


Bailinho de Quinta prepara um registro audiovisual e dois singles para 2020 | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Além das participações, o grupo promete ainda novidades, como a inclusão de algumas opções mais inusitadas no repertório. “Esse ano a gente se arriscou mais, tem Duda Beat, Anitta, que já vem de um universo totalmente diferente. Mas a gente faz uma versão com a cara do Bailinho. Tudo que a gente tocou até hoje meio que a gente tenta trazer pro nosso universo”, diz Graco, lembrando que ao longo da trajetória a banda incluiu em seu setlist versões de nomes como White Stripes e Rolling Stones. “Coisas que vêm de outros gêneros e a gente adapta, faz uma versão nossa, com muita brincadeira. A gente se dá essa liberdade, o nome já é Bailinho de Quinta, então você tem liberdade total pra fazer o que quiser! (risos)”, destaca o artista. 

 

Essa liberdade marcou toda carreira do Bailinho, que em princípio foi idealizado para não ser um projeto autoral, mas em 2014 ganhou um disco com composições próprias. Movido à “inquietação”, o grupo se permitiu abraçar as inovações e imprevistos, como a gravidez de Juliana Leite, que acabou abrindo espaço para a concretização de um antigo desejo de Graco: o projeto Forrozinho, com a cantora Aiace nos vocais. “Desde o início a gente já tinha vontade de trabalhar com repertório junino também, mas não dentro do Bailinho de carnaval, digamos assim, de verão. E aí em 2018 a gente fez essa primeira experiência com o Forrozinho e foi massa, porque a gente usou os mesmos parâmetros de memória afetiva e acabou dando certo”, lembra o músico, reiterando a preocupação de selecionar um repertório coerente, com canções que conquistam o público, mas também com respeito à essência das criações. “Me incomodava muito aquela coisa de pout pourri, a gente não faz pout pourri. Me dá uma agonia, você pega uma música tão bonita, que tem um arranjo lindo e transforma tudo num pout pourri. Não, vamos respeitar o arranjo! Eu acho que com o Forrozinho foi parecido”, explica.

 

Após o Réveillon, para marcar a fase comemorativa, o Bailinho de Quinta planeja lançar dois singles  um inédito e uma releitura com parceria de outros artistas  e um registro audiovisual oficial. “A gente já teve essa investida aí no autoral, já fez as festas, já tomou uma proporção. Eu acho que as pessoas têm vontade de curtir mais o Bailinho em outros momentos, então [é importante] ter um registro do show traduzindo tudo isso que a gente já fez em 10 anos”, avalia Juliana Leite. “O registro do show se constrói muito em parceria com o público. Pode parecer lugar comum, mas é de fato. O Bailinho é uma banda, mas é uma festa. Então acho legal ter um registro desse repertório, com essa troca com o público, as brincadeiras que a gente faz, com interação, com as fantasias”, acrescenta Graco, que em 2020 lança também um novo single, “Correnteza”, com o Bayo, seu projeto paralelo. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Réveillon do Bailinho
QUANDO: Terça-feira, 31 de dezembro, às 21h
ONDE: Chácara Baluarte – Santo Antônio Além do Carmo – Salvador (BA)
VALOR: R$ 280