Com o show mais longo da banda em Salvador, Maglore celebra 10 anos de trajetória
Por Lara Teixeira
A banda baiana Maglore celebra 10 anos de carreira em 2019 e decidiu fazer uma turnê para comemorar o marco. O grupo se apresenta em Salvador neste sábado (4), no Largo Tereza Batista, no Pelourinho, às 21h30. "Vai ser o show mais longo que a gente já fez na história da banda", revelou o vocalista Teago Oliveira ao Bahia Notícias.
O grupo, formado atualmente por Teago (voz e guitarra), Lelo Brandão (guitarras e synth), Lucas Oliveira (baixo e voz) e Felipe Dieder (bateria), apresentará no palco do Pelô canções de todos os seus discos em um show de até 2h30. A apresentação ainda contará com um trio de metais, que segundo o cantor "dá um clima mais festivo para as canções" e também com a presença do "grande amigo" Hélio Flanders, da banda Vanguart.
"Nos momentos que a banda estava passando por mudanças de formação, Hélio sempre ia tocar nos shows. Tocava teclado, violão, cantava. Ele sempre foi um cara muito presente na história da banda, e como estamos comemorando 10 anos, faz muito sentido chamar ele para tocar junto", destacou Teago.
Durante a trajetória da Maglore, os fãs tiveram um papel fundamental para ajudar no crescimento da banda. "O público da Maglore é muito inteligente, ele entende como a banda funciona. A coisa foi muito no boca a boca no ínicio, e fomos levantados por um público de Salvador, não é à toa que a gente tem o maior respeito e gratidão aos baianos, que foi onde tudo começou para gente".
Sobre o espaço da banda no cenário musical brasileiro, Teago lembra que a banda "não deu passos maiores do que suas pernas", e de forma natural, sem planejar, eles foram crescendo. "A gente conquistou um espaço muito honesto. Nós nunca fomos uma banda que nasceu com uma estrutura. Todo mundo sabe que nunca tivemos dinheiro, que os pais nunca patrocinavam nossas coisas, sempre sabíamos que iríamos crescer através da música mesmo, e a gente confiou bastante no nosso público. Hoje eu acho que é meio solidificado. A gente conseguiu conquistar uma galera que curte e acompanha a banda, que eventualmente viram amigos, porque somos bem internautas".
O momento atual da banda está sendo destaque entre os seus 10 anos de carreira. Recentemente o grupo teve sua música "Motor", do disco "Vamos pra Rua" (2013), regravada por Gal Costa e por Pitty. Além disso, Erasmo Carlos também fez parte do time de apreciadores das canções da Maglore e gravou "Não Existe Saudade no Cosmos", música que ficou de fora do último álbum da banda "Todas As Bandeiras" (2017).
"Pra gente é uma felicidade, até porque são artistas enormes que fazem parte da cultura popular brasileira. Erasmo é um artista que praticamente escreveu a história da música brasileira. A Gal Costa também, além de ser uma grande referência para a banda. Pitty também nós sempre tivemos uma relação de muita admiração, da forma como ela conduz a carreira dela. Para gente foi muito importante ter esse reconhecimento, e eles terem gostado das músicas a ponto de gravar e lançar como single, eu acho que deu muito certo pra gente nesse sentido de ter músicas que conseguem tocar outros artistas, e esses artistas conseguem tocar um outro público que não é o nosso necessariamente, apresentar nossa música para outras pessoas, para gente é muito importante".
Como planos futuros, a Maglore pretende lançar um novo disco no ano que vem e no próximo semestre eles devem lançar o DVD, do show ao vivo que foi gravado em São Paulo, com 24 músicas. "Vamos seguir fazendo o que a gente gosta, até onde isso faça sentido".
Em 2018, a banda tocou pela primeira vez em um trio-elétrico no pré-carnaval de Salvador. Sobre a experiência, Teago disse que o grupo aceitaria participar de novo, mas revelou que a estreia foi um "caos". "Eu nunca tinha subido num trio. A referência de som é diferente, a gente não tinha muita experiência com trio. Geralmente os artistas que trabalham com trio se portam muito diferente do que em um palco convencional, a gente achava que era tudo meio parecido. Mas o som era meio caótico, era tudo meio caos, tudo balançava, eu não ouvia absolutamente nada do que tava acontecendo ali fora. Mas a experiência de ter saído em um Barra-Ondina foi surreal, toparia de novo dessa vez com um pouquinho mais de experiência, e tentaria não cometer os mesmos erros. Pra mim foi uma experiência muito mágica".
A última vez que a banda tocou em Salvador foi no Festival Radioca que aconteceu em novembro do ano passado. Para o show deste sábado, a Maglore está com uma expectativa alta, e os músicos destacam que a energia com o público de Salvador é diferente. "Estamos bem ansiosos, porque é um show longo e em Salvador a gente sabe que é diferente das outras cidades. A galera acompanha o primeiro disco muito mais do que nas outras cidades, então a gente vai colocar um show maior. As pessoas estão comentando, falando que vão, acho que vai dar uma galera muito massa!".
SERVIÇO
O QUÊ: Maglore 10 anos
QUANDO: Sábado, 4 de maio, às 20h
ONDE: Largo Quincas Berro D'Água, Pelourinho
VALOR: R$ 50