Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Com produção independente, Tangolo Mangos lança 1º EP de olho em novas experiências

Por Lara Teixeira

Com produção independente, Tangolo Mangos lança 1º EP de olho em novas experiências
Foto: Divulgação / Daniel Lyra

A banda baiana Tangolo Mangos lançou na última semana o seu primeiro EP, "Mangas a Caminho da Feira nº 1", como aposta para buscar novos caminhos e oportunidades. Com quase 3 anos de carreira, o grupo investe em uma mistura de rock psicodélico com música brasileira, mais especificamente ritmos regionais nordestinos, marca forte das seis faixas gravadas.

 

O grupo, formado por Brian Dumont (sintetizador e percussões), Felipe Vaqueiro (guitarra e vocais), João Antônio Dourado (bateria), João Denovaro (baixo e vocais) e Pedro Viana (guitarra e vocais), realizou a produção do álbum de maneira independente. A banda fez uma imersão de dez dias num sítio em Euclides da Cunha, interior da Bahia, para se dedicar à gravação das faixas do EP. "Chegamos lá (no sítio) com as composições prontas, mas com relação aos arranjos ainda tinha muita coisa em aberto, então fizemos algumas experiências lá", disse Pedro ao Bahia Notícias. “A maioria da banda nunca tinha nem gravado, só Vaqueiro, então foi uma grande queda, mas foi um aprendizado”, confessou João Denovaro. 

 

Durante 2018 o grupo criou uma campanha de crowdfunding para ajudar nos custos finais do disco. A masterização do EP foi realizada por Rob Grant, da Poons Head Studio, em Fremantle, Austrália, responsável por finalizar trabalhos do Tame Impala e Pond. Vaqueiro revelou que a ideia da arrecadação do dinheiro surgiu pois eles não tinham um caixa. "Acabamos dependendo dos familiares, amigos, amigos de amigos e uma rede de fãs que foi se criando a partir dos shows".

 

Pedro admitiu que sempre gostou da ideia de começar a divulgar o trabalho da banda nas plataformas digitais com um EP. "Acho que por causa da quantidade reduzida de músicas e da facilidade de gravar menos faixas e ter menos custos. E também, ao mesmo tempo, não é só um single, então você não fica vinculado apenas a uma música específica, você pode explorar todas elas". 

 

Para os integrantes da Tangolo Mangos, ver o "Mangas a Caminho da Feira nº 1" pronto foi a realização de "um sonho". O grupo explicou que acabou se "limitando" de realizar algumas atividades por não ter um material para apresentar. "Deixamos de tocar em outras cidades, ou achávamos ruim fazer um show e uma pessoa que curtiu o som da banda não encontrar nenhuma música nas plataformas. Agora tudo começa a ficar mais fácil", falou Vaqueiro.

 

Durante 2017 e 2018 a banda começou a se inserir no cenário musical de Salvador e participou de eventos ao lado de outros grupos conhecidos do público baiano. Os integrantes destacaram a importância desses shows para começar a se relacionar com o público. "Eu acho que o legal de acontecer esse tipo de show é a ideia da parceria, ajuda a movimentar tanto o público quanto os gostos musicais. Porque nem sempre esses eventos acontecem com bandas de um gênero específico, então acaba dando espaço para que se tenha no mesmo ambiente bandas e artistas que flertam com vertentes musicais diferentes. É interessante também porque ajuda a misturar os públicos, até porque quando bandas estão começando isso acaba sendo importante", explicou Pedro. "Grande parte do nosso público foi formada em shows", disse Vaqueiro. "E acho que se um grupo crescer, todo mundo cresce", completou João.

 


Felipe Vaqueiro, João Denovaro e Pedro Viana |  Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias

 

Para 2019, além de fazer shows, inclusive fora de Salvador, a Tangolo Mangos quer lançar materiais audiovisuais e já pretende trabalhar no segundo EP. Mas até o momento, a banda preferiu não estipular uma data de lançamento. "Da última vez que a gente deu uma previsão, atrasou cerca de um ano", revelou Felipe. 

 

"É aquela coisa, quando fazemos sozinhos a produção, temos o privilegio de não ter ninguem cobrando uma data. Mas, ao mesmo tempo, você precisa saber conciliar as coisas, para não deixar aberto demais, porque você fica sempre querendo regravar um pedaço, ou querendo tirar outro", afirmou Pedro. "As coisas para o segundo EP já estão encaminhadas, mas a ideia é demorar menos que o primeiro", disse Vaqueiro.