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Marca Bahia Notícias

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Estudantes ‘barrados’ no TCA reclamam da obrigatoriedade da carteira de estudante

Por Nereida Albernaz

Estudantes ‘barrados’ no TCA reclamam da obrigatoriedade da carteira de estudante
Foto: Divulgação / Secult

O Teatro Castro Alves informou através do Facebook a obrigatoriedade da apresentação da carteira de estudante em caso de meia entrada a partir do dia 1º de abril. Apesar do aviso ter sido postado em 28 de março, e permanecer no topo da página até esta terça-feira (11), os frequentadores do espaço se queixam da decisão. Várias pessoas relataram através da rede social os casos ocorridos durante o show de Criolo, realizado na Concha Acústica no último dia 8. Conforme os depoimentos, muitos voltaram para casa sem assistir a apresentação ou foram obrigados a pagar mais pelo ingresso. De acordo com o relato de uma estudante, publicado em 9 de abril na rede social do TCA, faltou o alerta durante a venda dos ingressos. “Vocês deveriam ter vergonha do que aconteceu hoje no show de Criolo. As pessoas já tinham comprado ingressos há muito tempo, num site onde as políticas deixam bem claro que as condições de venda de meia-entrada estão sujeitas às regras do produtor do evento, no caso vocês! Ou seja, se vocês decidiram que agora tá na hora de obedecer a lei, é obrigação de vocês avisar com clareza e antecedência, porque carteira de estudante não é de graça e nem de uma hora pra outra que se faz. Já que vocês não fizeram isso, poderiam, pelo menos, estabelecer um tempo de tolerância. Toda mudança exige um tempo para ser adaptada. Que falta de profissionalismo!", acusa. "Sem contar da omissão de informação, que resultou na maioria das pessoas voltando pra casa sem assistir o show e sem conseguir o reembolso, fizeram todos esperarem em uma fila gigantesca para mandar ligar pra "Ingresso Rápido", sendo que quando ligamos eles dizem não ter conhecimento do assunto. Tá aqui o link do site, pra quem quiser conferir (veja aqui)”, completa. A estudante da UFBA, Hilza Cordeiro, disse ter pago o valor da 'inteira' mesmo descontente: "Eu comprei o ingresso lá mesmo e já tinha uma placa com a determinação. Alguns colegas comentaram que foram 'barrados' e tiveram que vender os ingressos, então eu já fui sabendo que teria que pagar inteira. Acho isso uma sacanagem!", externou a jovem. Procurado, o teatro não emitiu um posicionamento oficial sobre o assunto, apenas reafirmou a decisão. "Não temos nenhuma nota oficial, pois não é uma decisão do TCA. Todos os espaços culturais de Salvador, como ISBA, Casa do Comércio e outros, também estão com a mesma resolução, que nada mais é do que seguir o que a lei”, informou, em nota, a assessoria do espaço. A lei citada, que entrou em vigor em 2013, define que "terão direito ao benefício os estudantes regularmente matriculados nos níveis e modalidades de educação e ensino previstos no Título V da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que comprovem sua condição de discente, mediante a apresentação, no momento da aquisição do ingresso e na portaria do local de realização do evento, da Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelas entidades estaduais e municipais filiadas àquelas, pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) e pelos Centros e Diretórios Acadêmicos". Ainda de acordo com o TCA, uma ampla campanha foi realizada para alertar os estudantes. “Por respeito ao público, aceitamos comprovante de matrícula até março, mas agora não temos mais como ser flexíveis já que todos os espaços foram notificados pelo Ministério Público”, concluiu.