Abertura do Circuito das Canções marca estreia de turnê nacional de Anavitória nesta sexta
Por Jamile Amine
Foto: Reprodução / Facebook
A primeira edição do Circuito das Canções, que tem como proposta reunir novos artistas independentes de todo país em shows intimistas, utilizando o teatro como espaço para a música, começa nesta sexta-feira (2), às 20h, no Teatro Jorge Amado. A estreia do evento, que segue durante todos os fins de semana de setembro, ficará por conta do duo Anavitória (TO) e da cantora baiana Maria do Sol. O pontapé inicial do projeto se deu em março deste ano, quando o produtor Valdir Andrade percebeu uma demanda reprimida no mercado local ao trazer a Salvador o cantor Phill Veras, que retornará à cidade no segundo fim de semana do Circuito das Canções, junto com JosyAra (BA). “Fizemos tudo com zero de investimento de mídia e divulgação e foi tão bom que pensamos que existe um nicho de artistas que não está sendo explorado”, conta Valdir, responsável pela curadoria do evento, que contará ainda com shows de Ana Muller (ES) e Jadsa Castro (BA) e Pélico (SP) e Ronei Jorge (BA), alguns deles se apresentando pela primeira vez na cidade.
Criticando o jeito “preguiçoso” de produtores que só apostam fichas na certeza de casa cheia, Valdir afirma que a ideia do projeto é “dar um passo à frente do mercado”, ressaltando também o trabalho de curadoria, para mostrar ao público o que não é tão conhecido. “Passei a mergulhar bastante nesse universo, porque não é um movimento, eles têm características de gênero bem diversificado. São talvez uma nova geração de artistas independentes que utilizam muito da internet”, explica o produtor, contando que o nome do projeto vem da busca para encontrar algo em comum entre artes tão diversas. “Independente de serem diferente musicalmente, você sente a diferença musical especialmente em Pélico, que se diferencia tecnicamente, mas todos eles têm um trabalho muito voltado para a canção, com foco em letra e melodia”. Valdir destaca ainda que diferente dos shows dos medalhões da música brasileira, que requerem uma produção mais complexa e cara, no caso destes artistas o espetáculo funciona em um formato muito minimalista. “São eles, violões e plateia”, conclui Valdir, revelando que uma próxima edição do projeto já está acertada, com outros quatro artistas nacionais confirmados.
Confira o álbum de estreia do duo "Anavitória", lançado no dia 19 de agosto:
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Com apoio do padrinho, Tiago Iorc, o duo assinou contrato com a Universal Music
Criticando o jeito “preguiçoso” de produtores que só apostam fichas na certeza de casa cheia, Valdir afirma que a ideia do projeto é “dar um passo à frente do mercado”, ressaltando também o trabalho de curadoria, para mostrar ao público o que não é tão conhecido. “Passei a mergulhar bastante nesse universo, porque não é um movimento, eles têm características de gênero bem diversificado. São talvez uma nova geração de artistas independentes que utilizam muito da internet”, explica o produtor, contando que o nome do projeto vem da busca para encontrar algo em comum entre artes tão diversas. “Independente de serem diferente musicalmente, você sente a diferença musical especialmente em Pélico, que se diferencia tecnicamente, mas todos eles têm um trabalho muito voltado para a canção, com foco em letra e melodia”. Valdir destaca ainda que diferente dos shows dos medalhões da música brasileira, que requerem uma produção mais complexa e cara, no caso destes artistas o espetáculo funciona em um formato muito minimalista. “São eles, violões e plateia”, conclui Valdir, revelando que uma próxima edição do projeto já está acertada, com outros quatro artistas nacionais confirmados.
Confira o álbum de estreia do duo "Anavitória", lançado no dia 19 de agosto:
A abertura do Circuito das Canções marca também a estreia de Anavitória em Salvador, além do início da turnê nacional do primeiro álbum do duo, lançado no dia 19 de agosto. O disco, que tem o mesmo nome da dupla, foi produzido através de financiamento coletivo e saiu pelo selo Forasteiro, parceria entre o cantor Tiago Iorc - que é também padrinho musical de Anavitória - e o empresário Felipe Simas. As meninas do Tocantins que deslancharam no YouTube, com mais de 10 milhões de visualizações em seus vídeos caseiros, contam que estão animadas para encontrar pessoalmente com o público que possibilitou a gravação do disco e com o qual mantêm um forte diálogo através das redes sociais. “A gente nunca viajou em turnê, já fizemos uns shows em São Paulo, mas nunca fomos ao Nordeste ou ao Norte. A gente só quer encontrar esse povo logo!”, dizem as cantoras, que estão juntas até para conceder entrevista, por telefone, em viva voz. Elas, que há um ano vivem em São Paulo, revelam ainda que estão ansiosas para dividir o palco com uma artista baiana. “É maravilhoso, acho que arte não tem muito lugar, ela existe. Mas é muito bonito ver isso culturalmente acontecer”, dizem, sobre o encontro com Maria do Sol.
Com apoio do padrinho, Tiago Iorc, o duo assinou contrato com a Universal Music
No repertório do show, as jovens artistas - que classificam sua música como pop-rural - apresentarão ao publico baiano as canções do recém lançado disco, como "Chamego Meu", "Dengo", "Trevo (Tu)" - que no álbum tem participação de Tiago Iorc -, além de uma releitura de “Tocando em Frente”, de Almir Sater.