Para 2016, Marcia Castro confirma novo álbum e garante 'Pipoca Moderna' em Salvador
Por Virgínia Andrade
Datas e atrações devem ser divulgadas em breve | Foto: João Milet Meirelles
A cantora Marcia Castro terá um 2016 bastante agitado. Nos planos da artista estão um novo disco e três edições do "Pipoca Moderna", além da tradicional em Salvador, uma no Rio de Janeiro e outra em Recife. Ao Bahia Notícias, a artista garantiu a quinta edição baiana do projeto, que deve ter data, local e atrações definidas nos próximos meses. "O Pipoca vai acontecer, mas ainda não sabemos o local e se por um ou dois dias. Estamos esperando definir as datas para também definirmos os convidados, etc. Daqui a mais ou menos um mês deve começar a divulgação", revelou. Há um ano em turnê com o álbum Das Coisas que Surgem (2014), Marcia também já começou a gestar seu novo disco, quarto da carreira, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2016. A ideia é seguir exercitando seu lado compositora, sem deixar de abrir espaço para novos compositores e parcerias. "Ainda está bem embrionário o processo, mas já comecei o trabalho de pesquisa de repertório e de linguagem. Vai ser um trabalho onde eu vou mergulhar fundo, de novo, nas minhas matrizes afro-baianas e, a partir desses nossos ritmos, encontrar outras sonoridades primas e trazer uma linguagem contemporânea para essa coisa toda", conta. Voz importante entre os cantores da nova geração da música brasileira, Marcia avalia que de Pecadinho (2007), seu primeiro disco, até hoje, houve uma evolução muito grande do seu trabalho, fruto também da força que a cena independente ganhou nos últimos tempos. "As conquistas artísticas foram muitas, em termos de amadurecimento do meu trabalho e da minha linguagem musical, da consistência do discurso, do que eu quero dizer, da minha voz... A cada ano que passa, a cada trabalho novo, vamos agregando novas substâncias que são muito importantes. O fato de ter mudando para São Paulo e lá ter conhecido outros músicos, artistas, produtores, também favoreceu muito o desenvolvimento da minha linguagem", aponta. Em termos de mercado, a baiana acredita que teve sorte ao começar a carreira num período em que as mídias sociais e plataformas de streaming se colocavam como boas opções de divulgação do trabalho de artistas da cena independente. "Do meu primeiro disco para cá a música independente ganhou uma força muito grande. Embora eu ainda seja considerada uma artista nova, acho que também já conquistei muitas coisas em termos de mercado e divulgação do trabalho. E, na verdade, um artista sempre vai ser novo até chegar ao mainstream. Minha geração tem lidado bem com isso, porque se você pensar que há 15 anos a cena independente não tinha quase nenhuma visibilidade, o que a gente tem hoje já é um grande ganho e é a partir desse ganho que a gente tem que se fortalecer", opina. Uma das atrações da edição de estreia do Festival Sangue Novo, evento que propõe pôr em evidência artistas independentes da nova geração, a cantora sobe ao palco do Museu du Ritmo, neste sábado (29), ao lado de Céu, Filipe Catto, Vivendo do ócio e Dão, para um show especial que reúne o repertório dos seus três álbuns.