Ensaio sobre bolsas, mangas e colarinhos
Estamos diante de grandes debates de temas que afetam a vida de milhões de brasileiros pais a fora. O congresso Nacional votou o chamado ajuste fiscal. A matéria tem reflexo direto na vida e no cotidiano das pessoas comuns. O principal argumento do governo é corrigir distorções e excesso e ainda alcançar a suas metas anuais de economia, o chamado superávit primário. Estima-se que possa haver uma contensão que chegue perto dos R$ 3 bilhões.
Como já era esperado o ajuste fiscal poupou a parcela da população de maior renda, apesar de já existir proposta como taxação mais elevada de grandes fortunas e da transmissão de herança. Depois de muita polêmica o governo conseguiu aprovar a medida provisória 665, que torna mais difícil o acesso aos benefícios do seguro desemprego e abono salarial. Este ultimo atinge em cheio as pessoas de baixa renda, que agora vão ter que provar pelo menos três meses de trabalho formal no ano, para ter acesso ao beneficio de apenas um salário mínimo.
Como já era esperado o ajuste fiscal poupou a parcela da população de maior renda, apesar de já existir proposta como taxação mais elevada de grandes fortunas e da transmissão de herança. Depois de muita polêmica o governo conseguiu aprovar a medida provisória 665, que torna mais difícil o acesso aos benefícios do seguro desemprego e abono salarial. Este ultimo atinge em cheio as pessoas de baixa renda, que agora vão ter que provar pelo menos três meses de trabalho formal no ano, para ter acesso ao beneficio de apenas um salário mínimo.
O que se discute aqui é simples e ao mesmo tempo desafiador. Estes cortes nas despesas do governo vão resultar realmente em mais crescimento econômico? Veja que a vontade política da “máquina” foi tão grande que durante a votação apertada na câmara Federal, a perda de apoio da base aliada foi “compensada” com alguns votos de oposição como por exemplo oito do DEM. Mas como assim?! – Então.
Observe que ao mesmo tempo em que o governo quer enxugar de um lado, atingindo direitos dos trabalhadores, do outro, este mesmo governo mantém programas sociais com suas “bolsas” assistenciais, concedendo benéficos com pouca ou nenhuma contrapartida, exceto a eleitoral. E se falar em acabar com o assistencialismo é um Deus nos acuda. Longe de mim defender o fim das bolsas e até acredito que, diante das novas mudanças, o brasileiro vá arregaçar as mangas para trabalhar mais. O problema é que em vez de bolsas e mangas, talvez o ralo da economia deste pais possa está de fato em outra peça, o colarinho branco...
Observe que ao mesmo tempo em que o governo quer enxugar de um lado, atingindo direitos dos trabalhadores, do outro, este mesmo governo mantém programas sociais com suas “bolsas” assistenciais, concedendo benéficos com pouca ou nenhuma contrapartida, exceto a eleitoral. E se falar em acabar com o assistencialismo é um Deus nos acuda. Longe de mim defender o fim das bolsas e até acredito que, diante das novas mudanças, o brasileiro vá arregaçar as mangas para trabalhar mais. O problema é que em vez de bolsas e mangas, talvez o ralo da economia deste pais possa está de fato em outra peça, o colarinho branco...
* Paulo Lawinscky é jornalista e advogado sócio do Lanim Lawinscky Advogados
* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias