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Saúde mental assume novo papel estratégico nas empresas

Por Rogerio Jesus

Saúde mental assume novo papel estratégico nas empresas
Foto: Divulgação

Empresas que priorizam a saúde mental dos seus colaboradores não apenas vão evitar multas e possíveis ações trabalhistas, com as novas diretrizes da Norma Regulamentadora 01 (NR-1), atualizada pelo Ministério do Trabalho, mas também terão uma vantagem competitiva sustentável.

 

A saúde mental deixou de ser uma pauta secundária para se tornar um vetor estratégico no ambiente de trabalho. O crescente número de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais, que figura entre as principais causas de concessão de benefícios previdenciários, atesta a urgência de uma abordagem mais abrangente que considere os aspectos biopsicossociais.

 

Cuidar da saúde mental dos trabalhadores transcende o mero cumprimento regulatório. É a forma mais inteligente de otimizar o capital humano, estabelecendo um ambiente de trabalho seguro, produtivo e um bom clima organizacional.

 

E é aí que voltamos nossa atenção à nova NR-1 e em como se integrar às novas exigências e à necessidade de se ter soluções práticas de adaptação.  

 

Ansiedade, estresse, burnout e outros riscos à saúde mental causados no ambiente de trabalho, a partir de maio do ano que vem, podem render penalização às organizações. Mas, além das obrigações de identificar e gerenciar riscos psicossociais dos funcionários, como o empresariado pode se adequar e promover um ambiente psicologicamente saudável?

 

Com a inclusão do mapeamento dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho por meio da NR-1, as empresas formalizaram a obrigação de identificar e gerenciar, através de programas, os riscos identificados. Contudo, a norma traz um foco importante na capacitação e treinamento. Aqui, destacamos o papel das lideranças na prevenção e combate, especialmente, nos tópicos relacionados a assédio, aspectos que também foram incluídos como ponto de atenção na norma.

 

Acreditamos que na reformulação da NR-1 um princípio, há muito estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, é o ponto central: não existe saúde sem saúde mental. Ou seja, precisamos cuidar das pessoas em seus aspectos biopsicossociais e não apenas na dimensão da saúde física.

 

Não é novidade que o investimento no bem-estar psíquico se traduz diretamente na redução do absenteísmo - faltas, ausência no trabalho -, na diminuição do turnover - índice de rotatividade de funcionários na empresa -, e na potencialização do engajamento dos funcionários com a missão das organizações.

 

Aqui na Bahia, vamos promover no dia 31 de outubro o 1º Fórum Vale Viver de Saúde Mental e Ocupacional - O Impacto da NR-1 e Riscos Psicossociais nas Empresas, por meio da Vale Viver, entidade especializada há mais de 15 anos em saúde mental e dependência química.

 

A ideia é reunir especialistas da área de saúde ocupacional, empresários e gestores de RH para discutir os desafios e as oportunidades trazidas pela nova regulamentação. Também orientar o setor produtivo sobre as novas exigências e apresentar soluções práticas de adaptação. 

 

Toda essa nova conjuntura evidencia que as adequações à nova norma do Ministério do Trabalho, mais que obediência regulatória, é também ativo estratégico, sustentável e competitivo para empresas de todo o país.

 

*Rogerio Jesus é psiquiatra, presidente da Associação Baiana de Psiquiatria e diretor da Clínica Vale Viver

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias