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Zootecnia: a valiosa profissão capacitada a fazer do agro um negócio mais justo, produtivo e sustentável

Por Rebeca Ribeiro

Zootecnia: a valiosa profissão capacitada a fazer do agro um negócio mais justo, produtivo e sustentável
Foto: Acervo pessoal

Em 13 de maio de 1966 ministrava-se, no Brasil, a primeira aula do curso de graduação em Zootecnia. De lá para cá, nessa data, celebramos a profissão que possui como missão (segundo a definição de seu patrono brasileiro, o Prof. Octávio Domingues) estudar e aperfeiçoar os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório e deste àquele.

 

A missão definida outrora parece hoje já não abarcar (em totalidade) a grandeza e importância da Zootecnia para a sociedade, haja visto que, após mais de 50 anos de regulamentação da profissão no Brasil, algumas demandas sociais levaram a mudanças na forma de pensar o agronegócio.

 

Em um país considerado como de “vocação agrícola” e em um mundo cada vez mais atento às questões climáticas e à redução das desigualdades sociais, o Zootecnista se coloca em posição de vanguarda, pois é desafiado a pensar (de modo crítico e científico) novos modelos para o agro.

 

A ciência zootécnica e a atuação dos Zootecnistas são valiosas ferramentas para importantes transformações sociais, em prol da segurança alimentar (entendida como o acesso físico, social e econômico permanente a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente para satisfazer necessidades nutricionais), da inclusão socioeconômica de trabalhadoras e trabalhadores rurais e, por óbvio, da implementação de sistemas de produção animal ambientalmente sustentáveis e mais justos socialmente.

 

As transformações sociais descritas acima são desafios impostos a esses profissionais e podem ser superados por meio da execução de dois vocábulos contidos na missão definida, outrora, por seu patrono: “estudar e aperfeiçoar”. Aos que duvidam, saibam: os zootecnistas dominam a arte da pesquisa e do aperfeiçoamento de técnicas, trabalhando exaustivamente na busca da eficiência em tudo o que se propõem a fazer. Desafio dado, para esses profissionais, é desafio aceito e superado.

 

Pautados sempre no conhecimento técnico-científico, propõem inovações no campo da nutrição animal (a exemplo do uso de ingredientes regionais de baixo custo em dietas para animais de produção), melhoram geneticamente as chamadas raças nativas, contribuem para a conservação de espécies e estabelecem fundamentos importantes para promoção do bem-estar animal. São também profissionais plenamente capacitados em desenvolver alternativas tecnológicas que mantenham ou recuperem a capacidade produtiva da terra, preservando o meio ambiente.

 

Desse modo, os Zootecnistas despontam como força impulsionadora de importantes mudanças na matriz tecnológica da pecuária, tornando-a mais eficiente. A maior eficiência de produção traduz-se na oferta de produtos de melhor qualidade a menor custo, tornando-os mais acessíveis às grandes massas de consumidores e competitivos nos mercados internacionais (cada vez mais abertos e, igualmente, exigentes).

 

Não há como pensar no futuro do agronegócio sem pensar na profissão que nos presenteia diariamente com inovação, pesquisa e compromisso com a produção animal e o meio ambiente. Parabéns pelo seu dia, Zootecnistas. Vocês contribuem para a construção de um mundo melhor e mais justo.

 

*Rebeca Ribeiro é médica-veterinária, mestre em Zootecnia, doutora em ciência animal nos trópicos e vice-presidente do CRMV-BA

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias