Carreiras UniFTC: A importância da requalificação nas empresas
Constata-se em todo o mundo uma preocupação com a metamorfose e direcionamento da força de trabalho, com forte destaque para o problema social ser um dos fatores que enfraquece a capacidade de um país reagir frente aos desafios propostos pelo mercado atual.
A constatação é de que, dia a dia, os postos de trabalho ficam escassos. O crescimento econômico tímido não seduz investidores e onde não há crescimento, os postos de trabalho desaparecem. Segundo o psicólogo Abraham Maslow, as necessidades que nós seres humanos temos é crescente e nos impele a busca de trabalho remunerado para financiá-las. Daí, observa-se a distância entre a oferta de emprego e a crescente demanda de mão de obra.
O fator que mede essa distância é exatamente a qualidade da mão de obra disponível no mercado de trabalho. A necessidade de melhorar essa qualificação é um fator relevante da economia e um desejo ardente da população, que tem consciência de que os maiores salários são das pessoas qualificadas profissionalmente ou com grau de cultura diferenciado.
O avanço da tecnologia, a quebra das fronteiras e os caminhos utilizados para o consumo de produtos e serviços redesenharam o mundo do trabalho. Novos postos de trabalhos com habilidades e competências diferenciadas e inéditas surgem a todo momento, grande desafio para as empresas e trabalhadores.
Muito se fala de empregabilidade e competência curricular, mas o que significa tudo isso frente ao atual mercado de trabalho e suas exigências? Pois é, fica difícil estabelecer um parâmetro de qualidade curricular para as vagas de trabalho disponíveis nesse confuso mercado, sem contar com as diversas condições contratuais. Não temos outro caminho senão o de focar em nossas habilidades e competências, ou seja, o que eu sou, o que eu sei, onde posso utilizar tudo isso e o que posso melhorar.
Por outro lado, as empresas que investem em qualificação e requalificação conseguem benefícios como o controle de turnover de colaboradores, reforça o sentimento de “pertença” e cria vínculos com a organização pelo domínio das ferramentas e dos processos produtivos. O trabalhador se sente privilegiado ao pertencer ao grupo de treinandos e isso muda seu status frente aos demais trabalhadores. Além disso, o clima organizacional é favorecido pois todos treinandos, temporariamente, terão estabilidade e isso é “oxigênio” no ambiente de trabalho. Teremos nas qualificações os trabalhadores de destaque, os talentos que deverão ser aproveitados na evolução dos cargos e dos novos processos de produção, ou seja, os próximos supervisores e gerentes comprometidos com a missão e visão da empresa.
*Renato Ribeiro é graduado em Administração, Mestrado em Administração, Especialização em Gestão de Pessoas, Marketing e Docência do Ensino Superior. É coordenador dos primeiros Ciclos dos Cursos de Gestão da Rede UniFTC.
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