Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Artigo

Artigo

Artesanato da Bahia: feito com a mão e com o tempo

Por Ângela Guimarães

Artesanato da Bahia: feito com a mão e com o tempo
Foto: Divulgação

Elemento fundamental da nossa identidade cultural, o artesanato tem impactos econômicos, sociais e ambientais, além de elevado potencial de ocupação e geração de renda. É uma dos principais segmentos que integram a economia criativa, conjunto de atividades que movimentou quase R$ 8 bilhões na economia baiana, correspondendo a 3,2% do valor agregado ao PIB estadual em 2018, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

Como alternativa estratégica de desenvolvimento local, o fazer artesanal conta com atenção especial do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que, até o final de 2021, vai investir R$ 5 milhões para fortalecer o segmento. A elaboração e o aperfeiçoamento das políticas públicas da área têm sido marcados pelo diálogo e incentivo à participação social de associações, cooperativas e grupos produtivos dos diversos territórios de identidade baianos, especialmente com a proposta de criação do Conselho Estadual do Artesanato, a ampliação do atendimento à categoria e a realização regular dos encontros estaduais de artesãs e artesãos. 

 

Nesse processo, a Coordenação Estadual de Fomento ao Artesanato garantiu atenção especial ao artesanato indígena, da capoeira e quilombola. Os dois primeiros já foram contemplados com ações específicas, incluindo duas mostras no Centro de Comercialização do Artesanato da Bahia, no Porto da Barra, em Salvador, nos meses de abril e maio, respectivamente. A Mostra de Artesanato Quilombola está prevista para o mês de agosto. 

 

A ampliação dos espaços para escoamento da produção de artesãs e artesãos é outra vertente de atuação do poder público. No final de abril, foi inaugurada a segunda loja Artesanato da Bahia, localizada no Salvador Shopping. Pela primeira vez, o artesanato da Bahia estará presente no II Festival de Economia Solidária São João da Minha Terra, que acontece de forma virtual, entre 13 e 30 de junho, com apresentações culturais e comercialização de produtos. 

 

Durante a pandemia, a internet tornou-se uma grande aliada dos profissionais da área. Foi lançado o portal www.artesanatodabahia.com.br, canal direto para reforçar o contato do público com a produção de artesãs e artesãos, e será instituído um programa de qualificação em plataformas virtuais ainda neste mês de junho. 

 

Com o objetivo de garantir a origem do produto artesanal do estado, foi criado o Selo Artesanato da Bahia e o Programa de Certificação do Artesanato Baiano.  As iniciativas contribuem com a preservação de bens tradicionais, estimulam o desenvolvimento de propostas inovadoras, favorecem o aprimoramento dos processos produtivos e incentivam a elevação da qualidade técnica. 

 

Assim, o Governo do Estado desenvolve ações articuladas de valorização e preservação de saberes populares, que são transmitidos de geração em geração e permanecem vivos através de objetos, adereços, vestimentas e técnicas, que contribuem com o sustento de muitas famílias baianas e tornam-se patrimônio cultural do estado. 

 

*Ângela Guimarães é coordenadora Estadual de Fomento ao Artesanato

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias