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Carreiras UniFTC: 7 competências fundamentais para quem deseja trabalhar remotamente

Por Alessandra Calheira

Carreiras UniFTC: 7 competências fundamentais para quem deseja trabalhar remotamente
Foto: Divulgação

Há praticamente um ano, escrevi aqui nesta coluna sobre a minha visão de que o teletrabalho se tornaria uma realidade no nosso pais, mesmo depois da quarentena. Ainda vivemos uma situação de restrição bem complexa e o cenário que descrevi em maio já é realidade. Apesar de atravessarmos uma das maiores crises econômicas da nossa história, as vagas para trabalho em home office só aumentam a cada dia. O levantamento recente feito pela Infojobs indica a disponibilidade de 25 mil vagas para modalidade remota nesta plataforma, um aumento de 85% no volume em relação ao mesmo período do ano anterior. Em congruência com este estudo, um outro ainda mais relevante e abrangente desenvolvido em âmbito mundial pela Universidade de Oxford em parceria com a Cia de Seguros Zurich, reforça a tendência e a adesão deste modelo em escala global. 


O que é necessário, então, para que os trabalhadores que vivem no Brasil e precisam de uma recolocação ou até mesmo de uma transição de carreira podem fazer para se engajar neste movimento? Quais as competências mais buscadas pelas empresas e quais seus principais desafios? 


Observação de ordem empírica, o estudo da Oxford e muitas outros artigos da área apontam a ocorrência recorrente de questões relacionadas ao bem-estar emocional e a fadiga extrema (Burnout) como pontos críticos. Se olharmos por esse viés, fica fácil compreender que a Inteligência Emocional e a Gestão do Tempo são duas competências das mais relevantes. Não que não já fossem na pré-pandemia, mas certamente a dificuldade de lidar com fortes emoções, grandes incertezas, a impossibilidade de se distrair fora do ambiente doméstico e gestão de atividades relacionadas ao universo familiar, pessoal e profissional de forma simultânea tornam a relevância destas competências mais proeminente. Buscar técnicas e mecanismos para desenvolver esses dois pontos me parece mais do que uma boa ideia. É sim, uma questão de desenvolvimento profissional quando falamos em produtividade, e de sobrevivência quando falamos em saúde mental e qualidade de vida. 

Diante desta realidade, é natural intuir que competências como a empatia, compaixão e boa escuta também estejam no radar das empresas neste momento, especialmente para profissionais que exercem papeis de liderança. Para além das questões profissionais, usar essas soft skills associadas a flexibilidade é sobretudo uma questão de humanidade. 


Do ponto de vista das hard skills acredito ser interessante se ambientar com ferramentas que possam vir a ser usadas por empresas para substituir o modelo de comando e controle por outros mais fluidos, mas que em alguma medida, ainda garanta por parte dos gestores o cumprimento de prazos e qualidade na execução dos trabalhos. A tendência é que as KPIs venham gradativamente substituir, em empresas de variados portes, o micro gerenciamento tão ultrapassado, desmotivador e estressante para ambos os lados. 


Poderia ficar aqui por mais algumas horas analisando e desenvolvendo um raciocínio sobre os temas que envolvem os novos desafios no trabalho remoto. Falar sobre network e a sua importância na construção do capital social neste novo normal, por exemplo, seria muito bacana. Como não dá por conta do espaço, é importante neste momento que todos compreendam que empresas e funcionários estão dançando juntos uma única coreografia. O passo dado por um ator repercute no outro. Por isso reafirmo que a confiança desenvolvida mutuamente me parece ser um dos quesitos mais valorosos a ser desenvolvido.  
 

*Alessandra Calheira é Líder do Setor de Carreiras da Rede FTC
 
*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias