Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Artigo

Artigo

Os espinhos de Bolsonaro – II, a praga

Por Nilton José Costa Ferreira

Os espinhos de Bolsonaro – II, a praga
Foto: Acervo pessoal

Fazem alguns dias que venho pensando na oportunidade de publicação deste artigo. Nossa maior preocupação é a colocação de dados reais que possibilitem ao leitor uma análise segura do nosso atual cenário, frente as atuais crises que permeiam também o nosso Brasil.

 

Agora, não falamos mais em uma crise, mas uma grande guerra iniciada pelo “mecanismo” contra a democracia de um país que luta para ser livre da corrupção e atividades criminosas correlatas.

 

Pois bem, nesta guerra, por força do mecanismo, foram sendo iniciadas várias frentes de batalha. Começou com a reforma da Previdência, partindo para o combate a uma maciça campanha de tentativa de desestabilização as bases governamentais, usando os mais variados meios como a fomentação de conflito entre integrantes chaves do atual governo, ao uso indiscriminado de Fake News.

 

Apesar de tudo, a economia dava sinais de franca recuperação e as sangrias aos recursos públicos estavam sob forte combate e fiscalização, obstaculizando a atuação do mecanismo. Aí, para temeridade do Brasil, surge uma nova frente de batalha. Não local, territorial, mas mundial... o COVID-19, obrigando ao Estado Brasileiro promover medidas preventivas de urgência face ao perigo iminente, decretando estado de calamidade pública. Diversas legislações foram publicadas visando a utilização de práticas eficazes a prevenção e ao combate do COVID-19, dentre elas a dispensa de licitações para aquisição de insumos ao combate a pandemia e a implantação de várias linhas de recursos financeiros aos Estados e Municípios, além de negociações e prorrogações de dívidas para os mesmos, medidas estas extremamente necessárias para não ocorrer a estagnação da economia e para a proteção do povo brasileiro. Surge aí, a abertura de 02 (duas) novas frentes de batalha: Uma de prevenção e combate aos efeitos nefastos da PANDEMIA, outra para manter os níveis de estabilidade da economia evitando danos catastróficos ao povo brasileiro.

 

Mas, o que é esta PANDEMIA?  Quais os seus efeitos para o Brasil e para o Mundo?

 

Este, por incrível que possa parecer, não é um assunto atual. As dimensões conjunturais e os rumos desta PANDEMIA foram majorados pelos fenômenos da globalização, ciber- tecnologia e os níveis atuais de difusão das informações. Passeando pela história, encontramos: em 1957/58, houve o H2N2; em 1968/69, o H3N2; em 1997/2004 o H5n1; em 2003 o SARS; em 2006 a gripe aviária; em 2010 a gripe suína; em 2019 o Coronavirus e agora em 2020 o COVID-19. Todos estes vírus tiveram um ponto em comum, surgiram na China. Será pura coincidência?  Outro fato a ser analisado foi a capacidade e rapidez de recuperação da China face aos perigos epidêmicos ou pandêmicos anteriormente descritos, os níveis de danos ao país e as vantagens econômicas decorrentes. Com um PIB de 2019 com variação de cerca de 6,1%, PIB per capita aproximado de US$16.624 e uma população de aproximadamente 1.400 (um bilhão e quatrocentos milhões) de habitantes, o gigante asiático é um excelente caso para estudo na Organização Mundial de Saúde – OMS e para Organização Mundial do Comércio – OMC.

 

Para termos uma abalizada imagem dos danos ocasionados pelo COVID-19, é interessante uma análise dos dados publicados em recente estudo da Universidade de Hamburgo, quanto ao número de mortes ocorridas no mundo, nos dois primeiros meses de 2020: Coronavírus, 2360; Resfriado Comum e suas evoluções, 69.602; Malária, 140.584; Suicídio, 153.696; Acidentes de veículos 193.479; HIV, 240.950; Câncer, 1.177.141. No Brasil, hoje, o atual número aproximado de infectados é de 3.546, e o de mortes 94. Tudo isto em uma população estimada em 210.147.125 habitantes.

 

As medidas emergenciais adotadas foram necessárias na tentativa de redução da curva de contaminação do COVID-19, mas cabe uma reflexão ao radicalismo e considerações às serias consequências econômicas do isolamento social indiscriminado. Deve ser ressaltado que não estamos aqui, ponderando os grupos de riscos ou necessidades técnicas específicas diante da PANDEMIA, mas sim, as consequências da prática da politicagem no país. É inadmissível o uso de uma situação pandêmica para fins de conflito político, seja qual for a fundamentação.

 

E agora, vamos à nossa futura e atual frente de batalha, que é a rígida fiscalização do uso dos recursos federais destinados ao combate das consequências da pandemia e a normalização da economia. Se, com toda a estrutura de fiscalização governamental, o Estado Brasileiro não conseguiu impedir as ações do mecanismo, que promoveu verdadeiros saques aos cofres público, como faremos agora diante da crise, para fiscalizarmos a utilização destes recursos públicos específicos? Muitos territórios, municípios e estados estão adotando medidas emergenciais desfundamentadas, visando acessos aos benefícios destas linhas de recursos federais, estrangulando indiretamente economias locais e prejudicando a economia regional/nacional. Como ferramenta de combate nesta frente de batalha, nos resta a missão primordial do Ministério Público Federal, da Controladoria Geral da União e órgãos afins. Mas, uma coisa é certa, diante das dimensões continentais do nosso País, de sua divisão administrativa, dificilmente obteremos êxito sem o apoio fiscalizador do povo, o qual deve tomar a consciência que se esta parte da missão não for cumprida, a ameaça pandêmica passará, deixando no seu rastro uma Nação endividada, com parcos recursos e uma economia terrivelmente prejudicada. 

 

Mais uma vez, o BRASIL precisa da ajuda do seu povo, da consciência nativista, da genuína brasilidade, para juntos, ombro a ombro, guinarmos o país para um futuro promissor e de respeito na comunidade internacional.

 

Vamos ajudar, fiscalizar, denunciar!  Vamos fazer uma nova e grandiosa Nação, longe do corrupto vírus, que tantos danos tem causado ao nosso País.

 

* Nilton José Costa Ferreira é Mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias